A Polícia Judiciária deteve a mulher suspeita de abandonar o bebé no caixote do lixo, em Lisboa. A detida vai ser presente a primeiro interrogatório judicial.
“A detida vai ser presente a primeiro interrogatório judicial, no qual será sujeita à aplicação das medidas de coação processual adequadas”, lê-se num comunicado enviado pela Polícia Judiciária às redações.
Bebé pode ter alta rapidamente
Quinta-feira, o responsável pela unidade de cuidados intensivos neonatais do Hospital Dona Estefânia, Danel Varella explicou que a alta do bebé depende da decisão do Estado para o acolher, nomeadamente da Comissão de Proteção de Crianças e Jovens (CPCJ), reforçando que "clinicamente não há nada que impede de ter alta".
Quinta-feira, o responsável pela unidade de cuidados intensivos neonatais do Hospital Dona Estefânia, Danel Varella explicou que a alta do bebé depende da decisão do Estado para o acolher, nomeadamente da Comissão de Proteção de Crianças e Jovens (CPCJ), reforçando que "clinicamente não há nada que impede de ter alta".
"Atualmente, o bebé não apresenta qualquer problema. É um bebé saudável (...). Em termos físicos, está bem", afirmou o responsável da unidade de cuidados intensivos neonatais do Hospital Dona Estefânia, referindo que o recém-nascido está a ser alimentado por biberão e "está com uma proteção antibiótica que se manterá talvez um dia ou dois mais até garantir que não está infetado".O Ministério Público já anunciou a instauração de um inquérito para averiguar o caso do recém-nascido, que "corre termos no DIAP de Lisboa", referiu a Procuradoria-Geral da República.
De acordo com o médico, trata-se de "um bebé que, não se sabendo o que se passou, ninguém diria que lhe aconteceu nada".
"Devo dizer que foi feito um bom trabalho pela equipa do VMER do transporte de emergência, que aqueceu, estabilizou e hidratou a criança, nós só tivemos que completar o trabalho que foi iniciado", declarou Daniel Varella, indicando que o trabalho mais complexo após a chegada do bebé ao hospital foi "dar-lhe um banho".
No Hospital Dona Estefânia, foram feitas "as análises, os exames complementares, que são habituais numa situação dessas, e o resto foi, basicamente, cuidados de prevenção".
Transferido para a Alfredo da Costa
Após ter sido internado no polo de urgência de pediatria do Hospital Dona Estefânia, onde precisou de "cuidados quase mínimos", o recém-nascido foi transferido para a Maternidade Alfredo da Costa por "não carecer de cuidados complexos médicos e cirúrgicos".
Reforçando que a resposta social de acolhimento do bebé não compete às unidades hospitalares, o responsável do Hospital Dona Estefânia frisou que o hospital é um local onde estão internados doentes, "não estando doente, é um indivíduo que a sociedade, através do Estado, deve encontrar um local para onde o alojar em comodidade e em segurança até se resolver o seu problema social".
Questionado sobre o tempo possível em que o bebé se pode manter no hospital, o médico revelou que há crianças que nascem e que ficam "até aos 18 anos", por razões várias, pelo que há condições para tal, mas "não é o ambiente para uma criança que não está doente desenvolver a sua vida".
"Cabe-nos garantir os cuidados que a criança precisa enquanto não nos é dada indicação para ser transferida para outra instituição, mas em termos clínicos não precisará de mais de 24, 48 [horas] mais, por segurança", informou Daniel Virella, referindo-se à alta clínica do recém-nascido.
"Devo dizer que foi feito um bom trabalho pela equipa do VMER do transporte de emergência, que aqueceu, estabilizou e hidratou a criança, nós só tivemos que completar o trabalho que foi iniciado", declarou Daniel Varella, indicando que o trabalho mais complexo após a chegada do bebé ao hospital foi "dar-lhe um banho".
No Hospital Dona Estefânia, foram feitas "as análises, os exames complementares, que são habituais numa situação dessas, e o resto foi, basicamente, cuidados de prevenção".
Transferido para a Alfredo da Costa
Após ter sido internado no polo de urgência de pediatria do Hospital Dona Estefânia, onde precisou de "cuidados quase mínimos", o recém-nascido foi transferido para a Maternidade Alfredo da Costa por "não carecer de cuidados complexos médicos e cirúrgicos".
Reforçando que a resposta social de acolhimento do bebé não compete às unidades hospitalares, o responsável do Hospital Dona Estefânia frisou que o hospital é um local onde estão internados doentes, "não estando doente, é um indivíduo que a sociedade, através do Estado, deve encontrar um local para onde o alojar em comodidade e em segurança até se resolver o seu problema social".
Questionado sobre o tempo possível em que o bebé se pode manter no hospital, o médico revelou que há crianças que nascem e que ficam "até aos 18 anos", por razões várias, pelo que há condições para tal, mas "não é o ambiente para uma criança que não está doente desenvolver a sua vida".
"Cabe-nos garantir os cuidados que a criança precisa enquanto não nos é dada indicação para ser transferida para outra instituição, mas em termos clínicos não precisará de mais de 24, 48 [horas] mais, por segurança", informou Daniel Virella, referindo-se à alta clínica do recém-nascido.
Marcelo agradece a sem-abrigoQuinta-feira, o Presidente da República esteve com o sem-abrigo que o encontrou e agradeceu-lhe o “gesto cívico e humano”.
"(...) Quando ele andava à procura de meios de sobrevivência salvou uma vida. (...) Por isso é que eu falei nas desigualdades", declarou Marcelo Rebelo de Sousa aos jornalistas.
Marcelo Rebelo de Sousa referiu-se a este homem como "o nosso herói".
O sem-abrigo, de 44 anos, adiantou que ouviu um barulho "estranho", parou, mas não viu nada, tendo continuado o seu percurso, mas acabou por voltar para trás por continuar a ouvir o barulho.
"Ele (bebé) tinha o cordão umbilical, estava muito gelado", declarou, referindo que as pessoas pensavam que "estava a vandalizar o caixote do lixo".
Para Marcelo Rebelo de Sousa, "foi uma felicidade". E, continuando a falar com o sem-abrigo, declarou-lhe que "é uma vida que pode ter salvo".
Adoção imediata
A presidente do Instituto de Apoio à Criança considera que o bebé deve ir para adoção de imediato.
“Penso que neste caso que se podia fazer tudo, para que a criança nem sequer fosse para uma instituição”, afirmou Dulce Rocha à RTP.
“E se esta criança for para uma instituição, estamos a perder tempo. Porque não há razões para que não seja célere. Porque há um abandono óbvio, uma rejeição, muito forte”, acrescentou.
Segundo Dulce Rocha, “ é um caso que precisa de um consentimento expresso, porque o tribunal pode superar esse consentimento, face aos atos que foram praticados contra ele, criando-lhe perigo para a vida”.
c/ Lusa