A Polícia Judiciária (PJ) deteve hoje um homem suspeito de crimes de branqueamento, burla e acesso ilegítimo, com ganhos superiores a um milhão de euros, através do esquema de burla "CEO-Fraud", informou esta polícia.
Em comunicado, a PJ explicou que a operação, que tem o nome "Margem Dupla II", resulta de uma investigação que começou em janeiro do ano passado e que "teve origem na deteção de operações bancárias suspeitas, resultantes da prática de burlas através do `modus operandi` designado por `CEO Fraud`".
Esta forma de obter dinheiro passa por um esquema em que o burlão se faz passar pelo executivo de uma empresa e dá ordens para a transferência de dinheiro ou dados confidenciais.
A investigação é conduzida pela Unidade Nacional de Combate ao Cibercrime e à Criminalidade Tecnológica da PJ e durante as buscas de hoje, além do detido de 34 anos que ainda será presente a tribunal para conhecer as medidas de coação, foram ainda apreendidos equipamentos informáticos e documentação bancária.
A operação feita hoje pela PJ é a segunda parte de uma operação feita em novembro de 2024, quando foram detidos dois homens suspeitos de praticar os mesmos crimes e de obter benefícios financeiros superiores a um milhão e meio de euros.
De acordo com o comunicado divulgado por esta polícia na altura, estes dois homens, de 21 e 25 anos, eram suspeitos de "receber e dissipar fundos, exercendo um papel relevante no grupo, tendo em conta os elevadíssimos montantes em causa".