"Perfeitamente dentro da normalidade". Presidente da AIMA recusa que Portugal tenha imigrantes a mais
Paulo Domingos Lourenço - RTP
Pedro Portugal Gaspar sublinha que a percentagem de estrangeiros na população portuguesa está abaixo de muitos países da União Europeia.
Ouvido na manhã desta quarta-feira no Ponto Central, da Antena 1, Pedro Portugal Gaspar realçou estes dados "para dar um sinal comparativo de inserção da população migrante, quadro perfeitamente dentro de uma normalidade".
O dirigente da AIMA referia-se ao barómetro da imigração publicado ontem pela Fundação Francisco Manuel dos Santos, que concluiu que a "sociedade portuguesa sobrestima a quantidade de estrangeiros em Portugal".
Segundo dados do ano passado, os estrangeiros representam 9,8 por cento da população em Portugal, o que corresponde a 1.044.238 imigrantes registados.
Esta percentagem está abaixo de 17 países da União Europeia, tabela que é liderada pelo Luxemburgo, com quase 50 por cento, e por Malta, com 25 por cento.
Uma "identidade própria" e mais 400 funcionários
O presidente da AIMA assume que um dos principais desafios da agência continua a ser a criação de uma "identidade própria", referindo-se às competências que recebeu de instituições com "filosofias muito diferentes", o Alto Comissariado para as Migrações (ACM) e o Serviço de Estrangeiros e Fronteiras (SEF).
Além de já contar com um reforço de 64 trabalhadores, que foi publicado ontem em Diário da República, "estimamos tentar alcançar um reforço para cima de 400 trabalhadores".
Para isso, Pedro Portugal Gaspar diz que é preciso um "esforço adicional" de trabalhadores e espera receber mais 400 funcionários.
"Neste momento estamos com cerca de 770 trabalhadores, mas nós queremos naturalmente ir para além disso", diz. Além de já contar com um reforço de 64 trabalhadores, que foi publicado ontem em Diário da República, "estimamos tentar alcançar um reforço para cima de 400 trabalhadores".
Tal como já tinha adiantado no início do mês o Ministro da Presidência, António Leitão Amaro, o presidente da AIMA confirma que dos 400 mil processos pendentes, 150 mil estão em processo de instrução e 108 mil estão em apreciação.