A Procuradoria-Geral Distrital de Coimbra (PGDC) retificou hoje para seis o número de pessoas constituídas arguidas no inquérito ao incêndio de Pedrógão Grande, distrito de Leiria, que provocou 66 mortos, após ter anunciado que eram sete os arguidos.
Na mesma nota, a PGDC adianta que "todos os arguidos são pessoas singulares".
Em dezembro de 2017, foram constituídos arguidos o comandante dos bombeiros de Pedrógão Grande, Augusto Arnaut, e o segundo comandante distrital de Leiria, Mário Cerol.
Hoje, num esclarecimento enviado à agência Lusa, a Ascendi Pinhal Interior informa ter "conhecimento que dois dos seus colaboradores afetos a esta subconcessionária foram ouvidos em interrogatório e constituídos arguidos no âmbito da investigação" aos incêndios de Pedrógão Grande e concelhos limítrofes, em junho do ano passado.
"A Ascendi Pinhal Interior e os seus colaboradores têm vindo a colaborar com as autoridades judiciárias, contribuindo com o que está ao seu alcance para o esclarecimento dos acontecimentos verificados, estando seguros de que cumpriram todo o quadro legal aplicável, não lhes sendo imputável qualquer responsabilidade", sublinha a empresa.
Na nota anteriormente divulgada, a PGDC refere que "em causa estão factos suscetíveis de integrarem os crimes de homicídio por negligência e ofensas corporais por negligência".
As investigações prosseguem, com a coadjuvação da Polícia Judiciária, estando o inquérito em segredo de justiça.
A PGDC refere ainda, na sequência de notícia vinda a público, que o Ministério Público "recebeu, em novembro de 2017, da Autoridade Nacional de Proteção Civil (ANPC), o relatório de uma auditoria realizada por aquela entidade na sequência dos referidos incêndios de Pedrógão Grande".
"Este documento foi junto aos autos, sendo considerado no âmbito das investigações em curso", acrescenta.