PCP quer que Governo converta antigas instalações do ME em alojamento estudantil

por Lusa

O secretário-geral do PCP, Paulo Raimundo, defendeu hoje que o Governo cumpra a promessa de reconverter as antigas instalações do Ministério da Educação, em Lisboa, em alojamento estudantil.

"Foi prometido que aquelas instalações enormíssimas [na avenida 5 de outubro] iam ser reconvertidas para alojamento estudantil, até este momento, zero, não há uma palha foi mexida para responder a isso", assinalou o dirigente, aos jornalistas, à margem da visita que efetuou à Feira Agrícola do Vale do Sousa -- Agrival, em Penafiel.

Paulo Raimundo recordou, a propósito, que hoje, aqueles que têm de entrar na faculdade em setembro, estão confrontados com escassez de habitação e com 10% de aumento face ao ano passado".

"Estamos a falar que já no ano passado eram custos insuportáveis", referiu, lamentando que o Governo anuncie agora "projetos e projetos, muito associados a interesses também privados, para o futuro", mas "naquilo que está na sua mão, na sua posse, que é converter as antigas instalações do Ministérios da Educação em alojamento estudantil, zero".

Ainda sobre as dificuldades dos jovens encontrarem alojamento, o líder comunista acentuou ser "preciso que se passasse da conversa e da propaganda à concretização".

Paulo Raimundo frisou que os problemas com que as pessoas se deparam, com as rendas, prestações e taxas de juro, carecem de soluções no presente e não apenas em 2024 ou 2025.

O secretário-geral do PCP alertou, por outro lado, para o que considera ser "uma situação de confronto permanente entre a propaganda e a realidade da vida", no país.

"O que nós somos confrontados todos os dias é que a economia está boa, que está tudo a crescer, que desce a inflação, que está tudo espetacular. Mas a realidade da vida é as dificuldades de milhares de pessoas que têm de optar sobre os alimentos que compram, sobre os litros de gasolina a preços incomportáveis, sobre o que é que se privam todos os dias para aguentarem as suas casas face às prestações e às rendas inacessíveis".

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