Num mundo cada vez mais atento às mudanças climáticas, energias renováveis, à economia circular, à reciclagem, e claro à ecologia, é cada vez mais prioritário celebrar e debater estes temas. A busca de soluções começa, infelizmente, a ser mais paliativa do que transformadora neste planeta que habitamos.
Seis anos após ser instituído o Dia da Ecologia, esta temática tem sido amplamente debatida pela comunidade científica, revelando as vulnerabilidades à população e a decisores políticos.
Temas que voltam a estar em destaque este sábado, 16 de setembro, no Pavilhão do Conhecimento, em Lisboa através de um conjunto de ações promovida pela Sociedade Portuguesa de Ecologia (SPECO) no âmbito do Dia da Ecologia 2023.
Um evento que procura dar uma outra visão do mundo que nos rodeia e que visa aproximar a Ecologia e os “ecólogos da sociedade”, através de pequenos jogos e experiências científicas, rumo a um desenvolvimento humano mais sustentável.
Foto: Melissa Askew - Unsplash
Falamos muito de Ecologia e da pegada ecológica, mas o que é, e o que significa este conceito?
Criada no século XIX pelo zoólogo alemão Ernst Haeckel, a palavra Ecologia, termo derivado do grego a partir das junções das palavras “oikos” e “logos”, que significam, respectivamente, “casa e estudo”, serviu para designar a "relação dos animais (seres vivos) com seu meio ambiente orgânico e inorgânico".
Mas o conceito de ecologia não se esgota nestes princípios, pois ele cruza em muitos outros ramos científicos tais como, botânica, biologia molecular, zoologia, taxonomia, fisiologia, genética, antropologia, sociologia, meteorologia, geologia, física, química, matemática e informática.
E é esta componente extremamente importante, e que faz parte da Biologia, que nos dá a entender os impactos ambientais, a conhecer as interações, bem como a compreender os desequilíbrios causados às populações de todos os seres vivos em decorrência da ação humana.
Por isso é cada vez mais necessário que empresas e comunidade civil conheçam e compreendam melhor a necessidade de termos, cada vez mais uma maior “pegada ecológica”, com um fim bem definido: salvaguarda do equilíbrio no meio ambiente, num planeta cada vez mais frágil para todos.
Foto: Noah eleazar - Unsplash
Um dia a criar com a Ciência Viva para mais e melhor conhecimento ecológico
É a pensar na responsabilidade que temos enquanto seres vivos e humanos que todos os anos se celebra o Dia da Ecologia, para recordar o papel que cada um de nós pode fazer, diariamente, por esta casa biológica e única em que vivemos.
E é através da Ciência Viva em parceria com a SPECO – Sociedade Portuguesa de Ecologia, que Pavilhão do Conhecimento acolhe, este sábado, a partir das 10h30, um conjunto de atividades, pensados para o público jovem e famílias, repletos de natureza e, claro, muita ciência.
Durante a manhã, a Ecologia une-se às letras, através de duas sessões de leitura.
A primeira, que decorre na Cozinha é um laboratório, dá-se a descobrir o livro “Histórias num admirável… mundo invisível”, da autoria de Maria Amélia Martins-Loução, e que serve de mote para uma atividade de meter literalmente as mãos na terra, para conhecer os minúsculos seres vivos que habitam o solo.
Um segundo espaço de leitura, este na Biblioteca, com o livro “A revolta da natureza em Brimsa”, de Vanda Brotas Gonçalves. Nesta sessão os participantes vão ser desafiados a descobrir os diferentes ambientes naturais que rodeiam o Pavilhão do Conhecimento e a fazer medições como um verdadeiro ecólogo.
Já da parte da tarde, a partir das 15h00, é altura de ouvir cinco investigadores de diferentes áreas da Ecologia – Cristina Branquinho, Maria Ana Dias e Pedro Cardoso, do cE3c – Centre for Ecology, Evolution and Environmental Changes, e Pedro Anastácio e Rui Rosa, do MARE – Centro de Ciências do Mar e do Ambiente.
Uma sessão em que as perguntas e curiosidades ecológicas dos visitantes podem ser esclarecidas pelos investigadores convidados, na busca de saber como funcionam os seres vivos e qual o seu papel na natureza ou a sustentabilidade ambiental.