Passos Coelho define-se como liberal e diz-se pronto para ser primeiro-ministro
Lisboa, 29 Abr (Lusa) -- O candidato a presidente do PSD Pedro Passos Coelho definiu-se hoje como liberal e declarou-se pronto para ser primeiro-ministro, argumentando que a sua inexperiência em cargos públicos é uma vantagem porque não tem de justificar o passado.
"Que fique claro: eu estou preparado para, no próximo ano, lutar para ser primeiro-ministro em Portugal", declarou Pedro Passos Coelho, na sua sede de candidatura, no Campo Grande, em Lisboa.
"Dirão alguns que me falta experiência. Tanta gente experiente no Governo, com uma carreira política tão ampla e nunca o País precisou de tanta mudança e de aprender tanto com os erros que foram cometidas...", observou.
Passos Coelho acrescentou que "não ter feito uma carreira de director-geral, de secretário de Estado, de ministro, noutras circunstâncias poderia ser uma limitação".
"Nas actuais circunstâncias, é uma oportunidade também e uma vantagem: a vantagem de podermos encarar o futuro sem termos sempre de nos estarmos a justificar com o passado", defendeu.
Questionado pela comunicação social, Pedro Passos Coelho definiu-se como reformista e liberal, não de direita nem de esquerda.
"Sou um reformista e sou um liberal, não sou de direita nem sou de esquerda, acredito nas pessoas e na sua iniciativa e acredito que são as empresas que criam riqueza, que criam emprego e que criam valor, não é o Estado que cria riqueza e que cria valor", afirmou.
"Sou um liberal, sou um homem que acredita na democracia liberal, sou um reformista porque sou contra o imobilismo, sou solidário acredito que a sociedade não pode ser uma selva com a lei do mais forte", reforçou.
Segundo o ex-presidente da JSD, "o Estado tem um peso excessivo na economia" e não deve ser o seu motor, mas "tem um papel regulador essencial e insubstituível na produção de bens públicos: aquilo que nenhum privado oferece e que no entanto é necessário para toda a gente, é para isso que existe o Estado".
IEL.
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