Parlamento unânime no pesar pelas vítimas dos incêndios no norte e centro do país

por Lusa

O parlamento aprovou hoje, por unanimidade, um voto de pesar apresentado pelo presidente da Assembleia da República pelas vítimas dos incêndios dos últimos dias no norte e centro do país.

O plenário da Assembleia da República guardou, como é habitual, um minuto de silêncio por todos os votos de pesar, incluindo este último. Ao mesmo tempo, nos Passos Perdidos, o presidente do Chega, André Ventura, fazia uma declaração aos jornalistas sobre a comissão de inquérito ao caso das duas crianças gémeas que receberam um medicamento em Portugal.

O voto do presidente do parlamento recorda que, desde domingo, deflagraram múltiplos incêndios no território nacional, com especial incidência nas regiões centro e norte.

"O fogo lavrou em largas extensões de terreno florestal, mas também entrou em diversas povoações, destruindo dezenas de casas. Inúmeras estradas foram cortadas, enquanto os bombeiros tentam minorar os danos, evitar vítimas e conter o crescimento das chamas", refere o texto de José Pedro Aguiar-Branco.

O presidente da Assembleia da Republica lamenta que sete cidadãos tenham morrido, destacando "os bombeiros João Silva, Sónia Melo, Paulo Santos e Susana Carvalho que morreram heroicamente enquanto combatiam os fogos".

"A Assembleia da República manifesta o seu pesar por esta situação calamitosa e lamenta profundamente todos os danos pessoais e patrimoniais causados pelos incêndios. Apresenta, em particular, as suas mais sentidas condolências às famílias e aos amigos de todas as vítimas mortais", refere o texto.

Ao mesmo tempo, o parlamento deixa "um agradecimento e uma homenagem a todos os que se empenharam pessoalmente no combate às chamas, especialmente as corporações de bombeiros e as autoridades locais".

Sete pessoas morreram e 161 ficaram feridas devido aos incêndios que atingem desde domingo sobretudo as regiões Norte e Centro do país, nos distritos de Aveiro, Porto, Vila Real, Braga, Viseu e Coimbra, e que destruíram dezenas de casas.

A Autoridade Nacional de Emergência e Proteção Civil (ANEPC) contabiliza cinco mortos, excluindo da contagem dois civis que morreram de doença súbita.

A área ardida em Portugal continental desde domingo ultrapassa os 121 mil hectares, segundo o sistema europeu Copernicus, que mostra que nas regiões Norte e Centro já arderam mais de 100 mil hectares, 83% da área ardida em todo o território nacional.

O Governo declarou situação de calamidade em todos os municípios afetados pelos incêndios nos últimos dias e um dia de luto nacional, que se assinala hoje.

 

 

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