A Diocese do Funchal pediu, em 2023, instruções sobre o que fazer neste caso e agora revela que recebeu "no dia 16 de fevereiro (...) a informação de que (...) o Papa Francisco tinha decretado a demissão" de Frederico Cunha.
Em comunicado, a Diocese esclarece que, uma vez que o paradeiro de Frederico Cunha é desconhecido, a decisão do Papa tem que ser tornada pública. A instituição explica que apesar de o nome de Frederico Cunha “não constar do elenco dos sacerdotes da Diocese nem exercer nela qualquer ministério, de facto nunca tinha existido qualquer processo canónico”.
Razão que levou a Diocese a pedir a Roma, através do Prefeito do Dicastério para a Doutrina da Fé, instruções sobre o modo de proceder no caso do então padre Frederico Cunha.
A Santa Sé pediu "algumas aclarações” sobre o caso e o Papa decidiu demitir o sacerdote.
Frederico Cunha tem 73 anos, nasceu no Brasil e, em 1993, foi condenado pelo Tribunal de Santa Cruz, na Madeira, a 13 anos de prisão efetiva pelo homicídio de um jovem de 15 anos (em 1992) e por abuso sexual de menor.
Em 1998, Frederico Cunha aproveitou uma saída precária e fugiu do Estabelecimento Prisional de Vale de Judeus, em Lisboa.