O chefe do Executivo falou ao início da tarde ao país a meio da segunda reunião extraordinária do Conselho de Ministros, que se encontra a decorrer na residência oficial do primeiro-ministro em São Bento, onde considerou que a resposta do país foi “altamente positiva” e a que a Proteção Civil “funcionou muito bem”.
Um dia após o corte energético que deixou o país sem energia durante cerca de dez horas, o primeiro-ministro afirmou que os serviços essenciais estão a funcionar praticamente em pleno em todo o país, nomeadamente o fornecimento de água, combustível e a rede de transportes.
Montenegro destacou que os serviços de saúde e assistência médica encontram-se estabilizados e a funcionar em todo o país, assim como a maioria das escolas que abriram sem problemas esta terça-feira, à exceção de 15 agrupamentos.
Luís Montenegro revelou ainda que o Governo vai pedir a Bruxelas uma investigação independente para apurar as causas que estão na origem do apagão geral e ainda que vai criar uma Comissão Técnica independente em Portugal para avaliar as infraestruturas críticas do país.
"Não vamos poupar esforços nos esclarecimentos perante um problema sério que não teve origem em Portugal", afirmou.
O primeiro-ministro anunciou também que o Governo decidiu não prolongar a declaração de situação de crise energética, declarada segunda-feira pelo Conselho de Ministros, e que vigora até às 23h59 desta terça-feira.
Além da prorrogação dos prazos das obrigações fiscais que terminavam na segunda-feira para quarta-feira, e do alargamento do prazo de inscrição de voto antecipado para presos e doentes internados, que terminava na segunda-feira e foi prolongado até ao final do dia de hoje.
Por fim, o chefe do Executivo disse que o Governo vai reunir esta tarde na Assembleia da República com os partidos com assento parlamentar após "manifesta incapacidade de estabelecer comunicação" no dia anterior.