Foi eleita esta quarta-feira para a direção da Raríssimas uma lista constituída por pais de utentes e funcionários da associação. Sónia Margarida Laygue, socióloga do trabalho e mãe de uma criança com uma doença rara, sucede a Paula Brito da Costa na presidência da instituição.
Diante dos associados presentes na assembleia-geral, Sónia Laygue disse-se “dedicada de corpo e alma”.
Entretanto, funcionários da associação e pais de crianças utentes da Casa dos Marcos juntaram-se para se candidatarem ao conselho diretivo.
A esta assembleia-geral compareceram apenas cerca de 30 dos 566 associados ativos da Raríssimas, ou seja, menos de cinco por cento. A lista encabeçada por Sónia Laygue colheu 18 votos a favor e quatro em branco, num total de 22.
Visivelmente emocionada, a presidente eleita da Raríssimas considerou “determinante” que a associação “continue a dar resposta a estas famílias que precisam”.
“Posso dizer que é mesmo fulcral na nossa vida. Na minha vida é essencial, é o meu dia-a-dia. Todos os dias estou aqui a fazer tratamentos com a minha filha”, enfatizou.
Para a vice-presidência foi proposto o nome de Mafalda Costa, outra mãe de um utente, para tesoureiro Rui Pedro Ramos, fisioterapeuta na Raríssimas, e para secretário António Veiga, psicólogo na Casa dos Marcos.
Da lista fazem ainda parte Fernando Alves, reformado e pai de uma criança com uma doença rara, e Rosália Santos, vogal suplente.
A assembleia-geral elegeu por voto secreto a nova presidente do Conselho Fiscal, Ana Paula Soares, atual diretora de recursos humanos e mãe de um menino com doença rara.
Os novos corpos sociais da Raríssimas tomam posse já na próxima sexta-feira, pelas 10h00, na Casa dos Marcos, localizada na Moita.
A assembleia-geral extraordinária desta quarta-feira foi convocada na sequência da saída de Paula Brito da Costa, depois da emissão de uma reportagem da TVI sobre alegadas irregularidades na gestão da Raríssimas.
c/ Lusa