O Pacto Português para os Plásticos é apresentado esta terça-feira como um compromisso conjunto, entre cerca de 50 entidades, para atingir 100 por cento de plástico reciclável nas embalagens até 2025.
Entre as várias metas destacam-se ainda a elaboração de uma lista de todos os plásticos de uso único desnecessários e de um plano para a sua eliminação, promovendo a reutilização e novas formas de entrega dos produtos.
Os benefícios de pertencer ao Pacto Português para os Plásticos incluem a integração na "rede global dos Pactos para os Plásticos da Fundação Ellen MacArthur" e o acesso "a uma plataforma exclusiva de troca de conhecimento, aprendizagens e melhores práticas com outros Pactos para o Plástico em todo o mundo".
A ZERO classifica a reciclagem de plástico em Portugal como um "enorme falhanço" e considera que a recolha de plásticos deve ser feita porta-a-porta em todo o lado, em vez de haver uma rede de ecopontos. A associação defende ainda que os produtores devem pagar as suas contribuições para o sistema de gestão de embalagens.
De contrário, continuará o "subfinanciamento do sistema, uma vez que os produtores de mais de metade das embalagens de plástico colocadas no mercado não têm pago a sua contribuição", que suporta a recolha seletiva e a triagem das embalagens. A solução, diz Rui Berkmeier da ZERO, passa por envolver mais os cidadãos.
O pacto vai ser lançado e assinado por empresas como a Coca Cola, a Nestlé, a Delta Cafés, a Sonae, a Jerónimo Martins ou a sociedade Eletrão. Entre os parceiros estão ainda entidades como a Universidade Nova de Lisboa, a Universidade de Coimbra e a Universidade de Trás-os-Montes e Alto Douro, e associações setoriais como a Associação da Hotelaria, Restauração e Similares de Portugal (AHRESP).
Autarquias como a câmara de Lisboa e a de Póvoa de Varzim - a que Aires Pereira preside -, a associação ambientalista ZERO, o Ministério do Ambiente e a Presidência da República são também parceiros do pacto, que visa também a "educação e sensibilização dos consumidores".