O Ministério Público pede que Miguel Reis, ex-presidente da Câmara Municipal de Espinho, e o empresário Francisco Pessegueiro aguardem julgamento em prisão preventiva. Os arguidos da Operação Vórtex vão ficar a conhecer as medidas de coação ao início da tarde de sábado.
Em comunicado emitido na passada terça-feira, a Polícia Judiciária indicava que as detenções dos cinco arguidos da Operação Vórtex – Miguel Reis, José Costa e três empresários – tiveram lugar após duas dezenas de buscas domiciliárias e não domiciliárias em serviços e residências de funcionários autárquicas e empresas dos concelhos de Espinho e do Porto.
A Operação Vórtex incide sobre a alegada
prática dos crimes de corrupção ativa e passiva, prevaricação, abuso de
poderes e tráfico de influências.
“A investigação versa sobre projetos imobiliários e respetivo licenciamento, respeitantes a edifícios multifamiliares e unidades hoteleiras, envolvendo interesses urbanísticos de dezenas de milhões de euros, tramitados em benefício de determinados operadores económicos”, adiantou então a Judiciária.
Renúncia
Miguel Reis anunciou na quinta-feira, em comunicado citado pela agência Lusa, a renúncia ao mandato de presidente da Câmara de Espinho.
“Na sequência das diligências efetuadas no âmbito da Operação Vórtex, tomei, de livre e espontânea vontade, a decisão de renunciar, com efeitos imediatos, ao mandato para o qual fui eleito na Câmara Municipal de Espinho e, consequentemente, nas instituições onde, por inerência de funções, representava a autarquia. Uma renúncia que se estende às funções que exercia nos diferentes níveis de organização do Partido Socialista”, escreveu.
Miguel Reis foi eleito nas autárquicas de 2021 com 40,23 por cento dos votos. Presidia também à concelhia do PS de Espinho, após ter sido reeleito para o cargo em outubro do ano passado.
c/ Lusa
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