Operação Marquês. Bárbara Vara alega desconhecer transferências
Foto: Tiago Petinga, Lusa
O interrogatório da primeira arguida do processo Marquês durou cerca de uma hora e meia. Neste primeiro dia da fase de instrução, Bárbara Vara foi questionada por Ivo Rosa sobre os crimes de branqueamento.
A filha de Armando Vara garantiu ao magistrado que nunca desconfiou da origem do dinheiro e que só soube dos montantes em causa quando as contas na Suiça foram congeladas.
O pai é considerado cúmplice num dos crimes de branqueamento de que Bárbara é acusada.
Parte dos requerimentos de instrução visam pôr em causa a validade do inquérito. Daí que a decisão de Ivo Rosa possa ter consequências mesmo para os nove arguidos - seis pessoas e três empresas - que preferiram esperar pela ida a julgamento.
Francisco Proença de Carvalho não abriu instrução por aquilo que considerou ser um justo impedimento.
Para além de Bárbara, outros quatro arguidos pediram para falar nesta fase. Sócrates, a ex-mulher e o primo e ainda Rui Mão de Ferro que pede ainda para Carlos Santos Silva e a mulher, gonçalo ferreira e Joaquim Barroca prestarem declarações.
No primeiro dia, ninguém antevê a data do fim já que Ivo Rosa ainda tem de agendar interrogatórios a arguidos e inquirições a testemunhas. Ninguém arrisca prognósticos. E para o Ministério Público este é um caso decisivo.