Foi desmantelada uma das maiores redes de contrafação de moeda da Europa, sendo o presumível líder do grupo um cidadão português. Produzidas em Portugal, as notas foram apreendidas pela Polícia Judiciária em colaboração com a EUROPOL em praticamente todo o espaço europeu, perfazendo um total de 1 milhão e 300 mil euros.
A operar desde o início de 2017, a rede criminosa, liderada por um cidadão português residente na Colômbia, produziu mais de 26 mil notas falsas. No total, foram detidas cinco pessoas, três homens e duas mulheres, de nacionalidades portuguesa e francesa, pelos crimes de contrafação de moeda e associação criminosa.
Entre as várias buscas realizadas, domiciliárias e não domiciliárias, em território português, além dos 69.930€, foram também apreendidos vários objetos de criação e produção: computadores, impressoras, tintas ultravioletas, papel de segurança com incorporação de filamento de segurança e bandas holográficas autoadesivas.
Para além dos 69.930 euros apreendidos nas buscas mais recentes, desde o início da investigação, em 2017, já se apreenderam 250 mil euros só em território nacional.
De acordo com o coordenador da investigação, o valor cobrado pela moeda oscilava entre 20 a 25% do valor encomendado. Ou seja, uma encomenda de 100 mil euros, tinha um preço entre 20 a 25 mil euros.
A maioria das notas apreendidas era de 50 e 10 euros. De acordo com o coordenador da investigação, o valor cobrado pela moeda oscilava entre 20 a 25% do valor encomendado. Ou seja, uma encomenda de 100 mil euros, tinha um preço entre 20 a 25 mil euros.
Comercializadas maioritariamente na darknet, as notas falsas eram produzidas em Portugal, nas zonas Norte e Centro, e enviadas via postal, após o respetivo pagamento em moeda virtual. A encomenda da mercadoria foi sempre feita através de plataformas de conversação encriptada ou de mensagens privadas no mercado “negro” da internet.
Apreendidas em quase todo o espaço europeu, a maior incidência de contrafação ocorreu em França, Alemanha, Espanha e Portugal.
Segundo Luís Ribeiro, da Unidade Nacional Combate Corrupção da PJ, há indícios de que a rede, até ao final do ano passado, não aceitasse encomendas de cidadãos nacionais, remetendo as encomendas “por correio” apenas para o restante espaço europeu.
Contudo, a partir do final de 2018, dado o stock elevado, a rede terá começado a alienar uma parte substancial das notas da série antiga em Portugal, para poder começar a produzir as novas notas. Desde o início da investigação, estima-se que a localização da produção de moeda tenha-se alterado duas vezes.
Contudo, a partir do final de 2018, dado o stock elevado, a rede terá começado a alienar uma parte substancial das notas da série antiga em Portugal, para poder começar a produzir as novas notas. Desde o início da investigação, estima-se que a localização da produção de moeda tenha-se alterado duas vezes.
“A elevada qualidade das notas produzidas por esta rede criminosa era reconhecida por todos os compradores, assente na utilização de papel de segurança com incorporação de filamento de segurança, hologramas e bandas holográficas autoadesivas, tintas ultravioleta, marca de água e talhe doce”, refere a Polícia Judiciária em comunicado.
O presumível líder do grupo, residente na Colômbia desde 2018 e com antecedentes por crimes diversos, tais como extorsão sexual e tráfico de estupefacientes, foi detido em território colombiano no âmbito do Mandado de Detenção Internacional emitido pelas autoridades portuguesas. Atualmente, encontra-se detido pela Polícia Judiciária portuguesa.
Dos cinco arguidos, três ficaram em prisão preventiva depois do primeiro interrogatório judicial e dois aguardam em prisão domiciliária.