No concelho de Odemira há mais denúncias de negócios paralelos aos da agricultura e em que são utilizados também ilegalmente imigrantes. Lojistas portugueses são convidados a criar contratos de trabalho fictícios e em troca recebem 5 mil euros.
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Mickel Costa e o sócio têm há quatro anos um café e já foram abordados para fazerem parte do alegado esquema de tráfico humano. Nas imediações do café estão instaladas várias lojas que podem servir de fachada para os imigrantes entrarem ilegalmente no país.
E os negócios para Mickel tornam-se ainda mais estranhos quando algumas destas lojas têm apenas uma mesa e uma cadeira.
A suspeita de uma economia paralela vai muito além deste ramo e chega também ao setor agrícola. Uma empresária, que prefere não se identificar, confessou à RTP que foi aliciada para um esquema de contratação imigrantes. Disse ainda que foi várias vezes pressionada.
A RTP captou imagens de uma casa com 33 colchões onde moram sobretudo paquistaneses, nepaleses e indianos, em situação desumana e degradante.
O dono da empresa a quem eles pagam 120 euros de renda por pessoa vê isto com normalidade. Reconhece que existe um problema e promete resolvê-lo só não sabe quando. No entanto considera que esta casa
reúne todas as condições, apesar da sobrelotação.
Todo este problema está à espera de uma resolução há anos.