São 13 os arguidos da Operação Lex. O novo nome, que surgiu esta quinta-feira, é o de Nuno Proença, que tem ligações à família de Rita Figueira. Proença é suspeito de ter disponibilizado a conta bancária para, alegadamente, ajudar Rui Rangel a ocultar dinheiro.
A RTP sabe que face à prova recolhida nas buscas é muito provável que sejam constituídos novos arguidos nos próximos dias. O juiz desembargador Rui Rangel e a ex-mulher, Fátima Galante, também ela juíza desembargadora, permanecem em liberdade, protegidos pelo artigo 16.º do Estatuto dos Magistrados. Ambos continuam autorizados a exercer as suas funções.
O interrogatório dos cinco arguidos detidos na sequência da Operação Lex vai prosseguir esta sexta-feira de manhã, depois de ter terminado cerca das 21:30 de quinta-feira, com três audições. Hoje é a vez de Rita Figueira, ex-mulher de Rui Rangel, e o advogado José Santos Martins serem ouvidos no Supremo Tribunal de Justiça, em Lisboa.
Esta quinta-feira, Rui Rangel faltou aos quatro processos em que estava escalado, tendo invocado “razões de natureza pessoal”.
Rui Rangel é o principal arguido deste processo que investiga suspeitas de corrupção, recebimento indevido de vantagem, branqueamento de capitais, tráfico de influências e fraude fiscal.
O Ministério Público acredita que está em causa um alegado esquema em que juízes do Tribunal da Relação de Lisboa seriam corrompidos para tomar decisões favoráveis a determinados indivíduos ou empresas. Rui Rangel e Fátima Galante vão ser ouvidos pelo juiz de instrução Pires da Graça, do Supremo Tribunal de Justiça.
Para além de Nuno Proença e dos juízes Rui Rangel e Fátima Galante, a operação Lex conta com outros dez arguidos. Cinco destes encontram-se detidos e estão a ser interrogados no Supremo Tribunal de Justiça. O presidente do Benfica Luís Filipe Vieira é também arguido no processo, estando atualmente sob Termo de Identidade e Residência.