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Nuno Proença 13.º arguido da Operação Lex

por RTP
Pedro A. Pina - RTP

São 13 os arguidos da Operação Lex. O novo nome, que surgiu esta quinta-feira, é o de Nuno Proença, que tem ligações à família de Rita Figueira. Proença é suspeito de ter disponibilizado a conta bancária para, alegadamente, ajudar Rui Rangel a ocultar dinheiro.

Nuno Proença já estaria constituído como arguido desde o início da operação, mas houve aparentemente um erro de contabilidade das autoridades judiciais ao anunciarem 12 pessoas notificadas, quando na realidade eram 13.

A RTP sabe que face à prova recolhida nas buscas é muito provável que sejam constituídos novos arguidos nos próximos dias. O juiz desembargador Rui Rangel e a ex-mulher, Fátima Galante, também ela juíza desembargadora, permanecem em liberdade, protegidos pelo artigo 16.º do Estatuto dos Magistrados. Ambos continuam autorizados a exercer as suas funções.

O interrogatório dos cinco arguidos detidos na sequência da Operação Lex vai prosseguir esta sexta-feira de manhã, depois de ter terminado cerca das 21:30 de quinta-feira, com três audições. Hoje é a vez de Rita Figueira, ex-mulher de Rui Rangel, e o advogado José Santos Martins serem ouvidos no Supremo Tribunal de Justiça, em Lisboa. 

Esta quinta-feira, Rui Rangel faltou aos quatro processos em que estava escalado, tendo invocado “razões de natureza pessoal”.

Rui Rangel é o principal arguido deste processo que investiga suspeitas de corrupção, recebimento indevido de vantagem, branqueamento de capitais, tráfico de influências e fraude fiscal.

O Ministério Público acredita que está em causa um alegado esquema em que juízes do Tribunal da Relação de Lisboa seriam corrompidos para tomar decisões favoráveis a determinados indivíduos ou empresas. Rui Rangel e Fátima Galante vão ser ouvidos pelo juiz de instrução Pires da Graça, do Supremo Tribunal de Justiça.

Para além de Nuno Proença e dos juízes Rui Rangel e Fátima Galante, a operação Lex conta com outros dez arguidos. Cinco destes encontram-se detidos e estão a ser interrogados no Supremo Tribunal de Justiça. O presidente do Benfica Luís Filipe Vieira é também arguido no processo, estando atualmente sob Termo de Identidade e Residência.
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