Se são elas a liderar, as equipas são mistas. Eles preferem equipas exclusivamente masculinas. A banca tem o menor número de mulheres e as start-ups estão no extremo oposto. Veja os resultados do estudo.
Em 2011, as mulheres representavam 31,9% nos cargos de gestão e em 2016 esse número subiu para 34,2%. Nos cargos de liderança, em 2011, a percentagem estava nos 22,9% e em 2016 o número cresceu para 28,6%. O crescimento também se verifica nas empresas cotadas em bolsa, diz o relatório, embora os números sejam inferiores. Em 2011, só 5,7% dos cargos de gestão nestas empresas eram ocupados por mulheres e, no ano passado, esse valor estava nos 11,9% -- quase o dobro.
31,4% das start-ups são lideradas por mulheres
Mas se nas grandes empresas o número não é superior a 15%, o mesmo não se pode dizer das pequenas empresas. É nas micro empresas que estão mais mulheres no topo: há 35% de mulheres nos cargos de gestão e 29,3% nos cargos de liderança.
Mais: quanto mais jovem é a empresa, mais mulheres tem em postos de topo. Quase um terço das start-ups são lideradas por mulheres.
Dentro do que se entende por "cargos de gestão e liderança" estão a presença na gerência da empresa, no conselho de administração, num cargo de direção executiva ou direção geral.
Homens escolhem homens, mulheres escolhem mulheres e homens
As escolhas para os cargos de topo também diferem consoante o género, revela o estudo da consultora. Quando as líderes são mulheres, há mais diversidade de género nas equipas de gestão e liderança. Os homens líderes, por outro lado, dão mais primazia a equipas exclusivamente masculinas. As equipas de gestão mista são assim a primeira opção das mulheres (57%) mas não a dos homens (40%).
Há ainda espaço para traçar as áreas em que a presença feminina em cargos de topo se destaca. Nos cargos de gestão e liderança, sagram-se vencedores os setores dos serviços, alojamento, restauração e retalho. No sentido oposto está a área dos seguros, com apenas 8,2% de mulheres naqueles cargos, e na última posição está a banca, com apenas 7,1% de mulheres. Foi nas direções de marketing e comunicação que se registou o maior crescimento na presença de mulheres.