Foto: RTP
O comandante do NRP Mondego assegurou esta quarta-feira, em entrevista à RTP, que o navio que no passado sábado falhou uma missão tinha condições para zarpar. Vasco Lopes Pires diz ter falado nesse dia com os oficiais da sua linha de comando, que lhe garantiram as condições de segurança da missão que deveria ter acompanhado um navio russo.
O responsável disse ter transmitido aos seus militares que a ordem era para largar, mas que se em qualquer momento da viagem sentisse que havia risco, abortaria a missão e voltaria para o cais do Funchal.
Vasco Lopes Pires falou também sobre as afirmações de alguns militares segundo os quais o comandante estava pouco confortável acerca da missão.
“O que aconteceu foi que nessa noite nós tínhamos um motor indisponível, ou seja, só tínhamos um motor operacional. Portanto, para garantir uma maior segurança na largada do cais do Funchal, eu solicitei o apoio de um rebocador para poder fazer a manobra com a maior segurança”.
O responsável explicou ainda que os navios militares “são construídos e equipados com material para terem sempre redundância, ou seja, se nós tivermos um equipamento avariado (…) não quer dizer que não tenhamos segurança para navegar, até pelo contrário”.
No sábado, 13 militares da Marinha recusaram-se a sair em missão, alegando falta de condições de segurança da embarcação. Os militares serão ser rendidos em breve. A substituição deverá abranger toda a guarnição de 29 homens.
