Novo Centro Hospitalar permite que Pulido Valente regresse à sua "vocação", secretário de Estado

por © 2008 LUSA - Agência de Notícias de Portugal, S.A.

Lisboa, 26 Fev (Lusa) - A constituição do novo Centro Hospitalar Lisboa Norte (CHLN) permitirá fazer regressar o Hospital Pulido Valente à sua "vocação original", relacionada com a área das doenças respiratórias, afirmou hoje o Secretário de Estado da Saúde, Manuel Pizarro.

O CHLN reúne os hospitais de Santa Maria e Pulido Valente e começará a funcionar oficialmente a 01 de Março, com um único conselho de administração.

Para o Hospital Pulido Valente estão previstos um espaço de fisiopatologia respiratória dedicado à área do sono, um centro de cirurgia ambulatória que "permitirá um maior conforto ao paciente", ao evitar o internamento, e uma "grande unidade de cuidados continuados, que será gerida pela Misericórdia", afirmou o governante.

O novo centro, que será o maior a nível nacional e disponibilizará 1.150 camas, irá simultaneamente racionalizar recursos e continuar a "aumentar a produção com qualidade e humanismo nos serviços" como aconteceu no ano passado, acrescentou.

Em 2007, os dois hospitais registaram um aumento de cerca de 10 por cento nas primeiras consultas e, no total das consultas, o Pulido Valente cresceu mais de 19 por cento e o Santa Maria 10 por cento.

Na cirurgia em ambulatório, os aumentos rondaram os 35 por cento em ambas as unidades.

"Estes dados surgem num contexto de enormíssimo combate ao desperdício, que permitiu reduzir as despesas, mas servir mais utentes, fazer mais serviços de urgência e mais actos médicos", referiu.

Manuel Pizarro defendeu ainda que estes sinais dão "confiança" para a "continuação e consolidação de investimentos", que passa, por exemplo, em Santa Maria pelo novo edifício Cid dos Santos.

O CHLN servirá de hospital de referência a mais de 350 mil habitantes.

A decisão de criar o novo centro hospitalar, aprovado a 27 de Dezembro pelo Governo, tem por objectivo conseguir a "maximização dos recursos envolvidos, a redução dos custos de funcionamento, bem como ganhos de produtividade e de eficiência".

O documento lembra que a articulação entre as duas unidades de gestão empresarial (EPE) incluiu em Abril do ano passado a nomeação de um presidente e de um vogal executivo comuns.

O capital estatutário da nova unidade EPE é de 162,9 milhões de euros, podendo ser aumentado ou reduzido por despacho conjunto dos Ministérios da Saúde e Finanças.

PL/FZP.

Lusa/Fim


PUB