Nova direção da Raríssimas elege transparência como palavra de ordem

por RTP
A equipa de Sónia Laygue, que integra pais e profissionais de Raríssimas, foi eleita na passada quarta-feira em assembleia-geral extraordinária Mário Cruz - Lusa

Tomou posse esta sexta-feira a nova equipa diretiva da Associação Raríssimas, encabeçada por Sónia Margarida Laygue. Mãe de uma criança com uma doença rara, a presidente que agora substitui Paula Brito da Costa propôs-se devolver a confiança à instituição particular de solidariedade social.

Dois dias após ter sido eleita em assembleia-geral extraordinária, a equipa de Sónia Laygue, que integra pais e profissionais da Raríssimas, tomou posse na Casa dos Marcos, na Moita. O início de funções desta direção da Associação Nacional de Doenças Mentais e Raras será acompanhado de perto por técnicos da Segurança Social.Sónia Margarida Laygue reiterou ter assumido a presidência “pela continuidade da Raríssimas e por ser mãe de uma menina com uma doença rara”.


Ao intervir na tomada de posse, a sucessora de Paula Brito da Costa quis elencar prioridades: “Esclarecer a situação financeira, manter o financiamento e apoios previstos nos próximos meses, fazer o diagnóstico de toda a situação, traçar um plano de ação claro, focado e com metas e transparência”.

Outra das prioridades às quais se propõe a nova direção é “retomar a confiança de todos os parceiros” – utentes, famílias, associados, colaboradores, Estado, mecenas. Assim como de “todos os portugueses”.

“A palavra de ordem para a nossa direção será a transparência para que consigamos todos avançar. Teremos todo o gosto de prestar declarações a todos os órgãos de comunicação social mas numa fase mais tarde. Pedimos a compreensão no sentido de nos deixarem reunir toda a informação e traçar todos os planos para que consigamos avançar”, desfiou.

A direção empossada esta sexta-feira inclui Mafalda Costa, como vice-presidente, e Rui Pedro Ramos no cargo de tesoureiro. A recente assembleia-geral elegeu ainda Ana Paula Soares, diretora de recursos humanos e mãe de um menino com doença rara, como presidente do Conselho Fiscal.
Investigação
A anterior presidente deixou a liderança da Raríssimas na sequência da emissão de uma reportagem da TVI com dados a apontar para alegada má gestão, designadamente a utilização de verbas da entidade para despesas pessoais.

Paula Brito da Costa foi entretanto constituída arguida no quadro da Operação Raríssimas, da Polícia Judiciária e do Ministério Público. A investigação está a cargo do Departamento de Investigação e Ação Penal de Lisboa.

As ondas de choque da reportagem da estação de Queluz de Baixo levaram à demissão do secretário de Estado da Saúde Manuel Delgado, ex-consultor da Associação Raríssimas.

c/ Lusa
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