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Navio-escola Sagres. Diário de Bordo 19 de fevereiro

por Sofia Leite (jornalista) e Filipe Valente (repórter de imagem) - RTP

Sofia Leite (jornalista) e Filipe Valente (repórter de imagem) - RTP

O navio-escola Sagres está a cumprir desde o início de janeiro a viagem de circum-navegação, com partida em Lisboa. O percurso ocupará 371 dias. A bordo, durante parte da rota, seguem a jornalista Sofia Leite e o repórter de imagem Filipe Valente.

Ainda a navegar ao largo da costa do Brasil, a Sagres começou hoje e perder um pouco de velocidade. É o mau tempo a fazer-se anunciar, vento de proa com rajadas a ultrapassar os 40 nós, máquinas ligadas e pano recolhido, não se avança a mais de 1,5 nós, e alterou-se ligeiramente o rumo para leste.

O towfish teve de ser recolhido, corria-se o risco de o cabo ser cortado pela hélice que com a força da ondulação chegava a estar fora de água. Por medida de segurança, com a proa a ser de vez em quando varrida pelas vagas, o vigía foi retirado do seu posto habitual e agora é do tombadilho que observa atentamente o horizonte.

Apesar de mar e vento não estarem de feição, mantêm-se todos os serviços, até aqueles mais delicados e onde a precisão é essencial. Pedro Rodrigo, marinheiro de manobra, é também o barbeiro da Sagres. Meses antes de embarcar tirou um curso intensivo durante seis semanas numa escola de barbeiros em Lisboa. Mostrou-nos a sua folha de serviço, e desde a largada conta com mais de 100 cortes. A longa missão do navio-escola, mais de um ano à volta ao mundo, faz com que a guarnição seja polivalente. Um marinheiro tanto pode estar ao leme, como a caçar velas, a puxar cabos, ou a rapar cabelos.
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