Tem início esta quinta-feira a implementação do Nascer em Segurança no SNS - Plano Sazonal Verão 2023, ao abrigo do qual 27 das 41 maternidades do país vão continuar a laborar sem interrupções. Vários serviços de obstetrícia fecham até final de setembro. A tutela pretende, com esta operação, garantir às grávidas alternativas de forma atempada. A situação mais complexa deverá ser vivida na região de Lisboa e Vale do Tejo.
O SNS celebrou contratos de convenção com três maternidades do sector privado: CUF, Lusíadas e Luz Saúde.Esta quinta-feira, encerram as urgências de ginecologia e obstetrícia do Hospital das Caldas da Rainha, uma situação que deverá perdurar por quatro a cinco meses devido a obras de requalificação. A alternativa é o Hospital de Leiria, que foi reforçado.
Para o Algarve está previsto um encerramento temporário: os serviços de ginecologia e obstetrícia do Hospital de Portimão deixam de funcionar aos fins de semana, de 15 em 15 dias.
O primeiro fecho está previsto para o próximo sábado. Já o Hospital de Faro continuará a funcionar. Para as regiões do Alentejo, Centro e Norte não estão previstos quaisquer encerramentos.A 1 de agosto encerra a maternidade do Hospital de Santa Maria, em Lisboa, que será também objeto de obras. Até setembro, os serviços concentram-se no Hospital de São Francisco Xavier, que terá a capacidade reforçada.
A programação da Direção Executiva do SNS estabelece que oito unidades funcionem com dias de encerramento agendados: Santarém, Vila Franca de Xira, Beatriz Ângelo, em Loures, Amadora-Sintra, Garcia de Orta, em Almada, Barreiro, Setúbal e São Francisco Xavier, neste caso apenas nos meses de junho e julho.
Na Península de Setúbal, o Centro Hospitalar Barreiro-Montijo e o Centro Hospitalar de Setúbal mantêm-se a funcionar com os condicionamentos já em vigor desde o final de 2022, aos quais se soma agora o Hospital Garcia de Orta, em alternância.
O Centro Hospitalar Barreiro-Montijo passa a funcionar em pleno em todos os fins de semana; fecha somente durante alguns dias da semana.
Entrevistado na edição desta quinta-feria do Bom Dia Portugal, Francisco Goiana, da Direção Executiva do SNS, afirmou que tudo será feito para evitar situações de falta de alternativas de urgências de ginecologia e obstetrícia. "As deslocações são sempre as menores possíveis", quis sustentar o responsável.
A Direção Executiva do SNS enfatiza que, pelo “impacto direto” em grávidas, recém-nascidos e respetivas famílias, a rede de urgências de ginecologia e obstetrícia “merece atenção prioritária”. Acentua ainda a necessidade de acautelar “os princípios da equidade, qualidade, prontidão, humanização e previsibilidade dos cuidados prestados no SNS”.
c/ Lusa
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