Na Costa da Caparica paredão resiste à maré cheia

por Agência LUSA
Paredão resistiu LUSA

As obras do Instituto da Água para reposição da pedra no paredão destruído pelo mar terça-feira, na Costa de Caparica, aguentaram a preia-mar, embora as águas tenham levado, nalguns casos, parte das pedras repostas.

Apesar das marés fortes que se fizeram sentir, o presidente do Instituto da Água, Orlando Borges, confirmou à agência Lusa que a situação esteve controlada, não colocando em risco os parques de campismo do INATEL e Clube de Campismo de Lisboa, que estão situados mesmo junto à praia.

No entanto, o mar «acabou por voltar a levar parte das pedras que foram repostas, voltando a abrir certos rombos, mas o trabalho elaborado foi o mais adequado, visto tratar-se de uma situação de emergência».

Orlando Borges admitiu, no entanto, que estas obras de emergência não foram, nem serão suficientes para impedir o mar de avançar durante as marés vivas de Março, previstas para entre 18 e 23 de Março.

Nesse sentido, e até ao final da próxima semana, o Instituto da Água (INAG) comprometeu-se a deslocar para o local pedras de tamanho superior ao ali existente para fazer face à necessidade de repor o máximo possível da defesa aderente até ao mês que vem.

O presidente do Instituto adiantou que as marés altas com cerca de quatro metros, a ondulação com cerca de oito metros, o vento a soprar de Oeste, ou seja, do mar para terra, e o tempo chuvoso « se irão manter até domingo de manhã, entrando depois numa fase de acalmia».

Neste momento, o mais importante para o INAG é a tentativa de evitar a ruptura do paredão e pedras que o sustêm, de modo a proteger pessoas e bens mas o Instituto assume a necessidade de encontrar «uma solução mais estruturada e definitiva para o problema».

Para sábado e domingo, está prevista a continuação da recuperação do paredão nos moldes em que tem decorrido, ou seja, criando uma fundação de areia e gravilha na qual assenta posteriormente a pedra.

A partir de segunda-feira, o INAG irá voltar a analisar e avaliar os estragos na zona para definir a melhor opção, sendo que a colocação de material mais pesado é já uma certeza.

Aliás, a melhoria do estado do tempo para a próxima semana e, consequentemente, uma fase mais calma no mar, permitirão também que as máquinas possam circular mais facilmente para realizarem os trabalhos de recuperação.

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