Movimento de militantes do CDS em Lisboa quer debater problemas e apoiar vereadora
Militantes do CDS-PP que não se revêem na concelhia de Lisboa do partido criaram um movimento cívico para debater os problemas de Lisboa e colaborar com a vereadora democrata- cristã no executivo camarário, Maria José Nogueira Pinto.
"O objectivo é trazer valor acrescentado e sangue fresco para fazer uma base de trabalho que ajude verdadeiramente a nossa vereadora e impulsionar os valores de partido na cidade", explicou à Agência Lusa Bruno Filipe Costa, um dos primeiros subscritores do "Movimento por uma Lisboa Melhor".
Segundo o militante do CDS-PP, os fundadores do movimento - que incluem ainda António Maia, Bruno Mascarenhas e Abel Matos Santos -são "pessoas com currículo e com provas dadas na vida civil".
"Queremos trabalhar com a direcção nacional, com a vereadora e com os órgãos locais do partido, mas não vamos permitir que algum órgão contrarie os interesses do CDS", afirmou.
Na opinião de António Maia, "a concelhia de Lisboa do CDS não tem neste momento pessoas sérias e competentes que consigam fazer passar a mensagem".
Confrontado com o facto de não haver coligação no executivo camarário entre o PSD e o CDS, Bruno Filipe Costa considera que a situação tal como está "dá mais liberdade".
"Não temos de estar condicionados a qualquer acordo pós- eleitoral e garante uma melhor representação e mais capacidade de intervenção do partido. Se calhar até foi o melhor cenário para nós", sublinhou.
Em comunicado, os subscritores defendem que "Lisboa precisa de uma nova classe de políticos, pessoas com uma postura séria na vida, profissionalmente qualificadas e politicamente esclarecidas que pensem no futuro da cidade, que fomentem a discussão, apresentem propostas e vigiem os autarcas de modo a que estes não se afastem das grandes causas e obras".
Segundo António Maia, há problemas na cidade, como o trânsito, o turismo, a habitação ou a compra da primeira casa pelos jovens que "não são resolvidos, apesar das promessas feitas de quatro em quatro anos".
Questionado sobre a responsabilidade do anterior vereador do CDS na autarquia, António Monteiro, que teve o pelouro do trânsito e foi presidente da Empresa Municipal de Estacionamento de Lisboa (EMEL), o subscritor admitiu que "houve algumas lacunas e a própria empresa não contribuiu para a solução do problema".
O objectivo é, explicou, ouvir os cidadãos e passar a mensagem para a vereadora, mas também dar a conhecer aos munícipes as propostas de Maria José Nogueira Pinto.
O movimento promete realizar "reuniões de trabalho com elementos da sociedade lisboeta e nacional" e "auscultar as comunidades, através do contacto regular com as juntas de freguesia, colectividades, associações e entidades públicas e privadas.
Nos próximos dias deverão ser apresentados o site oficial do movimento e uma lista mais completa dos subscritores, devendo decorrer ainda este mês a primeira iniciativa.