A morte de Álvaro Cunhal é hoje noticiada pela imprensa espanhola como o desaparecimento do último estalinista do Ocidente e a perda, para Portugal, de um político, um escritor e um pintor.
"Com a morte de Álvaro Cunhal, Portugal perde um dos principais combatentes contra a ditadura, um noveslista aceitável, um bom pintor e o líder mais importante do partido comunista português", escreve o EL Mundo.
Em quase uma página, este jornal traça o perfil de Cunhal, num artigo a que dá o título "O último estalinista do Ocidente" e que ilustra com uma foto do líder histórico do Partido Comunista Português durante um comício em 19 de Abril de 1975.
A mesma expressão serve para iniciar a notícia no El Pais, que escreve que "o último estalinista europeu e o mais feroz lutador contra a ditadura portuguesa rendeu-se ontem".
No artigo de quase uma página também, com o título "Álvaro Cunhal, o líder histórico e carismático dos comunistas portugueses", o El Pais recorda os momentos mais marcantes da vida do político "inflexível" e de pensamento radical.
No catalão La Vanguardia, a morte, segunda-feira, de Álvaro Cunhal é referida como a de "um dos últimos líderes históricos do comunismo ocidental".
No perfil traçado por maior diário da Catalunha, recorda-se que Cunhal "manteve-se sempre fiel à URSS até mais laém do desaparecimento desta", mas também que, "embora considerado o último estalinista, propiciou acordos com os socialistas".