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Morte de Valentina. Pai e madrasta aguardam interrogatório judicial

por RTP
Os suspeitos vão ser interrogados pelo juiz de Instrução Criminal de Leiria Carlos Barroso - Lusa

O pai e a madrasta da menor encontrada morta em Peniche devem ser presentes esta segunda-feira a tribunal. Vão ser interrogados pelo juiz de Instrução Criminal de Leiria, depois de terem sido detidos, na véspera, pela Polícia Judiciária em Atouguia da Baleia.

O pai e a madrasta de Valentina são suspeitos de homicídio qualificado e ocultação de cadáver. Após o interrogatório judicial, serão determinadas as medidas de coação. A gravidade dos crimes pelos quais estão indiciados deverá dar lugar a prisão preventiva.Há cerca de dois anos, Valentina esteve também desaparecida por querer ir ter com a mãe.


A criança tinha nove anos. A Polícia Judiciária acredita que terá sido assassinada na casa do pai em Atouguia da Baleia, no concelho de Peniche.

O desaparecimento foi reportado pelo próprio pai na manhã da passada quinta-feira. Ao cabo de três dias de buscas, que envolveram 600 pessoas, a polícia de investigação criminal acabou por encontrar a criança sem vida.
Em conferência de imprensa, no domingo, a Policia Judiciária avançou estarem em causa fortes indícios dos crimes de homicídio e ocultação de cadáver.

Valentina estava a passar alguns dias com o pai e a madrasta. As circunstâncias exatas que conduziram à morte da criança estão ainda por apurar.
Reconstituição

A Polícia Judiciária de Leiria esteve com os dois suspeitos do homicídio a reconstituir, no domingo, o alegado crime na casa onde este terá ocorrido.

Os inspetores levaram a cabo diligências adicionais com o intuito de reunirem provas de que o crime foi concretizado pelo pai e pela madrasta da criança durante o dia de quarta-feira.
Na conferência de imprensa, o coordenador do Departamento de Investigação Criminal da Judiciária de Leiria, Fernando Jordão, adiantou que o corpo da criança terá sido levado para uma zona de mato na Serra D'El Rei, em Peniche, distrito de Leiria, onde foi tapado com arbustos.

“Estamos a verificar, mas claro que terá de ter acontecido em algum contexto de violência”, acrescentou Fernando Jordão.

O coordenador da PJ de Leiria adiantou ainda, sem mais detalhes, que a morte terá ocorrido “por questões internas do funcionamento da família”.

c/ Lusa
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