Nuno Guerreiro, que colaborava com o Cineteatro Louletano na área de produção, morreu num hospital em Lisboa, onde tinha dado entrada na quarta-feira, segundo avançou uma fonte oficial da Câmara de Loulé à agência Lusa.
A informação da morte do cantor foi avançada por Vitor Aleixo, presidente da Câmara de Loulé, cidade de onde o artista era natural.
O Cineteatro Louletano, onde o cantor trabalhava na área de produção, adiantou que Nuno Guerreiro morreu esta quinta-feira às 14h21, no Hospital de São Francisco Xavier, devido a uma infeção grave.
O primeiro-ministro já reagiu à morte do cantor, afirmando que "o mundo da música portuguesa ficou mais pobre".
Nascido em Loulé, em 1972, cidade onde atualmente vivia, Nuno Guerreiro popularizou-se na década de 1990 enquanto vocalista da Ala dos Namorados, grupo responsável por temas como "Solta-se o beijo", "Fim do mundo" ou "Loucos de Lisboa".
Guerreiro juntou-se à Ala dos Namorados em 1992, banda criada por João Gil e Manuel Paulo, e da qual fez também parte José Moz Carrapa. Ao longo dos 30 anos de carreira, a banda editou oito álbuns de estúdio, dois álbuns ao vivo e uma compilação "de grandes êxitos".
Em 1994, a banda editou o álbum de estreia, homónimo. José Moz Carrapa deixou a Ala dos Namorados após a edição do terceiro álbum, "Alma" (1996), e João Gil acabou por a abandonar em 2006, para formar projetos como a Filarmónica do Gil e O Baile.
A Ala dos Namorados continuou, tendo editado outros álbuns entretanto. Guerreiro editou ainda três álbuns em nome próprio: "Carta de Amor" (1999), "Tento Saber" (2002) e "Gangster Mascarado" (2011).
Em 2023 a banda regressou aos palcos com o músico João Gil e o cantor Nuno Guerreiro "ao leme" do projeto, tendo sido na mesma ocasião anunciado um regresso aos discos.
Um dos últimos concertos do músico aconteceu em março com Mau Feitio e a Banda Filarmónica da Sociedade Recreativa Artistas de Minerva, precisamente no cineteatro de Loulé e que, segundo a sala de espetáculos, foram filmados para a posterior edição em DVD.
c/agências