Moradores na Mouraria, em Lisboa, vão entregar na quarta-feira uma petição ao ministro da Administração Interna a pedir mais segurança no bairro, relatando episódios de violência, prostituição e venda e consumo de droga.
"A população não se sente segura para sair livremente de casa ou do trabalho e fazer as suas atividades diárias com normalidade. As famílias receiam levar as crianças à rua, a população idosa isola-se cada vez mais, as mulheres têm medo de caminhar sozinhas nas ruas", lê-se na petição intitulada "Pela segurança do bairro da Mouraria".
Os moradores alertam para um clima de medo, justificado pela presença de "elementos ameaçadores e desestabilizadores" e pelo "conhecimento de tantos casos de violência".
Segundo os peticionários, o bairro é caracterizado atualmente por "roubos, agressões, prostituição, venda e consumo de droga, ameaças verbais, casas assaltadas e muito medo".
"O maior e mais preocupante foco de violência está concentrado particularmente na Rua da Mouraria, com extensão da saída do metro do Martim Moniz até à Rua dos Cavaleiros", lê-se na petição.
Os moradores defendem que, com o encerramento da 6.ª esquadra da PSP, em 2015, houve uma "deslocação de grupos marginais de outros pontos da cidade e de fora da cidade para o bairro" e que, com a falta de policiamento, a "segurança dos moradores, visitantes e trabalhadores da Mouraria não está assegurada".
Nesse sentido, a petição, "assinada por centenas de moradores", pede um "reforço de policiamento e de policiamento de proximidade a pé diurno e noturno", nas zonas limites e nas artérias do bairro.
Os promotores da petição apelam ainda às autoridades competentes e forças de segurança para atuarem com "urgência".
"Que as autoridades competentes e as forças de segurança atuem com urgência, aplicando as medidas necessárias para assegurar à comunidade a tranquilidade e segurança essenciais para o bem-estar de cada cidadão", pedem.
A entrega da petição vai decorrer pelas 12:00 no Ministério da Administração Interna e contará com a presença do presidente da Junta de Freguesia de Santa Maria Maior, Miguel Coelho (PS), e de moradores.