O NRP Mondego sofreu nova avaria nas últimas horas, quando rumava às Ilhas Selvagens com o objetivo de fazer a rendição da equipa de vigilantes naquele território. O navio acabou por ser rebocado de volta para a Madeira.
Esta seria a primeira missão desde o episódio que envolveu 13 militares que se recusaram a embarcar, alegando precisamente que o navio não reunia condições para operar.
Por agora, não há explicações oficiais para a última avaria, mas foi avistado fumo intenso a sair das chaminés do navio. Já na segunda-feira o Mondego não pudera sair em missão devido ao que a Armada descreveu como um “contratempo”.
Em comunicado, a Marinha indica que o Mondego regressou ao Porto do Caniçal "por motivos de ordem técnica".
"O navio será objeto ainda hoje de uma inspeção técnica por parte de peritos da Direção de Navios que se deslocarão à Ilha da Madeira para o efeito", acrescenta. Há uma semana, confrontada com acusações de ocultação de provas por parte dos advogados dos militares afastados do navio, a Marinha veio negar “cabalmente” ter “apagado qualquer prova”, acrescentando, em comunicado, que a inspeção ao navio confirmou “as avarias em questão que, contudo, não eram impeditivas do cumprimento da missão em segurança”.
“Algumas das avarias foram, inclusive, reparadas com a participação dos militares que destacaram do navio na semana passada”, acentuava então a Marinha.A recusa dos militares em embarcar, no passado dia 11 de março, travou uma missão de acompanhamento de um navio russo a norte da Ilha de Porto Santo.
O Ministério Público suspendeu, a 20 de março, a audição dos 13 militares que se recusaram a embarcar, por decisão da procuradora. Esperava-se que os operacionais fossem ouvidos pela Polícia Judiciária Militar, em Lisboa, no quadro do inquérito desencadeado pela participação da Armada.
Os militares em causa enfrentam também processos disciplinares.
“Marinheiros sabiam bem o que estavam a fazer”
Ouvido pela RTP3, o presidente da Associação Nacional de Sargentos, António Lima Pereira, afirmou que esta situação “reflete bem que aqueles 13 bravos marinheiros sabiam bem o que estavam a fazer, sabiam o risco que estavam a correr e assumiram uma posição de grande coragem”.
“Seria bom que muitos daqueles que ouvimos nos dias subsequentes àquele dia 11 de março, muitos comentadores que vieram fazer ataques de caráter àqueles profissionais, se retratassem porque ainda vão a tempo disso”, acentuou Lima Pereira. Questionado sobre a posição assumida pelo chefe do Estado-Maior da Armada, Gouveia e Melo, o presidente da Associação de Sargentos escusou-se a comentar as declarações de Gouveia e Melo.
“Ao senhor almirante caberá, mais uma vez, fazer a avaliação da situação e expressar aquilo que entender sobre os factos”, rematou.
c/ Lusa
Ouvido pela RTP3, o presidente da Associação Nacional de Sargentos, António Lima Pereira, afirmou que esta situação “reflete bem que aqueles 13 bravos marinheiros sabiam bem o que estavam a fazer, sabiam o risco que estavam a correr e assumiram uma posição de grande coragem”.
“Seria bom que muitos daqueles que ouvimos nos dias subsequentes àquele dia 11 de março, muitos comentadores que vieram fazer ataques de caráter àqueles profissionais, se retratassem porque ainda vão a tempo disso”, acentuou Lima Pereira. Questionado sobre a posição assumida pelo chefe do Estado-Maior da Armada, Gouveia e Melo, o presidente da Associação de Sargentos escusou-se a comentar as declarações de Gouveia e Melo.
“Ao senhor almirante caberá, mais uma vez, fazer a avaliação da situação e expressar aquilo que entender sobre os factos”, rematou.
c/ Lusa