Ministro da Educação: "Não concordamos com a redução das propinas"

por João Alexandre
Lusa

Fernando Alexandre admitiu, esta terça-feira, na Assembleia da República, que o Governo debateu um cenário de aumento das propinas no Ensino Superior durante a discussão e elaboração do Orçamento do Estado para 2025.

Ouvido no parlamento, no âmbito das audições do Orçamento do Estado na fase da especialidade, o ministro da Educação, Ciência e Inovação sublinhou, em resposta ao deputado e líder da Juventude Socialista, Miguel Costa Matos, que é contra medidas que passem pela redução das propinas.

"Nós, como é óbvio, discutimos a evolução das propinas, porque são uma importante fonte de financiamento das instituições do Ensino Superior", disse.

Na bancada do PS, Miguel Costa Matos questionou governante se o artigo com a proposta para aumento de propinas "chegou a estar escrito" na proposta do Executivo da AD.

Na resposta, o ministro da Educação afirmou: "Nós discutimos a evolução das propinas, foi isso que fizemos, porque nós não concordamos com a política de redução das propinas ao longo dos últimos anos".


Soluções para falta de professores com "evolução positiva"

Durante a audição, o ministro da Educação, Ciência e Inovação referiu que o Governo está a fazer os possíveis para que a carreira docente seja mais atrativa e adiantou que o problema da falta de professores nas escolas pode ficar resolvido ainda antes do tempo previsto pelo Executivo.

"Não estou a dizer que o problema está resolvido, mas mudámos a direção. E, a partir do momento que entrámos na direção certa, é uma questão de velocidade", disse o ministro, que acrescenta: "Acredito que podemos resolver este problema, provavelmente, mais depressa do que pensávamos".

O Governo prevê um investimento de cerca 70 milhões de euros para fazer face às despesas do concurso extraordinário de professores que vai abrir mais de 2300 vagas em Lisboa, Alentejo e Algarve, tendo sido recebidas mais de 6400 candidaturas.

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