Ministra da Saúde reúne-se com sindicatos de médicos, enfermeiros e farmacêuticos

por RTP
Na passada segunda-feira, a nova titular da pasta da Saúde recebeu as ordens do sector Manuel de Almeida - Lusa

A ministra da saúde reúne-se esta sexta-feira, pela primeira vez, com as estruturas sindicais dos médicos, enfermeiros e farmacêuticos. Os profissionais reivindicam aumentos salariais, melhores condições de trabalho e progressão nas respetivas carreiras.

Durante a manhã, Ana Paula Martins recebe as delegações do Sindicato Independente dos Médicos e da Federação Nacional dos Médicos. À tarde há reuniões com os sindicatos dos enfermeiros e dos farmacêuticos.Entre as exigências das estruturas sindicais estão aumentos salariais, melhores condições de trabalho e progressão na carreira. Algo que que já reivindicavam junto da anterior equipa do Ministério da Saúde.

Na passada segunda-feira, a nova titular da pasta da Saúde recebeu as ordens do sector. A ministra prometeu avaliar, ao longo dos próximos dois meses, as propostas que recolheu.

"Todas as propostas que nos fizeram chegar formalmente serão agora avaliadas, uma a uma, nos próximos dois meses, porque parte delas não depende só do Ministério da Saúde, depende do Governo como um todo", afirmou então Ana Paula Martins aos jornalistas, após a primeira ronda de diálogo com as ordens dos Médicos, Enfermeiros e Farmacêuticos.

"O prazo de dois meses não é um prazo do Ministério da Saúde. O prazo de dois meses é o prazo que Ordem dos Médicos, nas suas propostas, deu ao Ministério da Saúde para podermos responder àquilo que era o seu apelo à colaboração", prosseguiu a governante.

"No prazo de 60 dias conseguiremos dizer às ordens quais são as matérias em que esperamos a colaboração das ordens e quais são as matérias onde, naturalmente, com um calendário e com um acordo para a legislatura, poderemos caminhar".
Resposta assistencial do Serviço Nacional de Saúde

Ainda segundo a ministra da Saúde, as ordens mostrararm-se preocupadas com a resposta assistencial do SNS: "Preocupadas porque sentem que é preciso dar melhor resposta, apesar de o SNS ter uma resposta bastante intensa".

"Diariamente, fazem-se muitas consultas, fazem-se muitas cirurgias, fazem-se muitas intervenções, mas há, de facto, como todos sabemos, listas de espera e, naturalmente, os profissionais são os primeiros interessados em conseguir responder aos seus doentes", enfatizou. O bastonário da Ordem dos Médicos, Carlos Cortes, sinalizou a abertura do Governo para acolher propostas. Por sua vez, o bastonário da Ordem dos Enfermeiros, Luís Filipe Barreira, alertou para a falta de profissionais no Serviço Nacional de Saúde e sublinhou que é preciso melhorar as condições de trabalho. Miguel Pavão, bastonário da Ordem dos Médicos Dentistas, considerou necessária uma articulação com o setor privado.


A ministra colocaria a ênfase na necessidade de fixar profissionais: "O SNS precisa desse reforço, mas o país também precisa de ficar com esses profissionais. E, nesse contexto, há várias propostas que as ordens entendem ser importantes".

"Além de condições remuneratórias, que trataremos depois com os sindicatos, falámos muito de condições de formação ao longo da vida, de conciliação da vida profissional com a vida pessoal, de uma organização de cuidados de saúde que também inclua a participação dos profissionais cada vez mais nos programas e nos planos de desempenho das unidades de saúde".

c/ Lusa
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