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Ministério Público acusa três pessoas no âmbito da operação "Visa Branco"

por Lusa

O Ministério Público acusou três pessoas no âmbito da operação "Visa Branco", que culminou com a detenção de um funcionário da secção consular da embaixada de Portugal na Guiné-Bissau, anunciou o Serviço de Estrangeiros e Fronteiras (SEF).

Num comunicado, divulgado hoje à imprensa, o SEF refere que as três pessoas "foram ontem [quinta-feira] formalmente acusadas pelo Departamento de Investigação e Ação Penal de Lisboa (DIAP)".

O principal arguido, funcionário da secção consular da embaixada de Portugal na Guiné-Bissau, foi acusado de "dois crimes de corrupção passiva (agravado), 37 crimes de corrupção passiva, um crime de tráfico de pessoas (agravado), nove crimes de falsificação ou contrafação de documentos e oito crimes de falsidade informática", salienta-se no comunicado do SEF.

Além daquele homem, o DIAP acusou também uma cidadã nacional pelo crime de tráfico de pessoas (agravado) e um agente desportivo por um crime de corrupção ativa (agravado).

"A estreita colaboração das autoridades portuguesas e guineenses permitiu durante a investigação a apreensão de prova informática e documental da prática dos crimes identificados, consolidando a prova reunida nos autos e solidificando a cooperação judiciária internacional entre os dois países", salienta-se no comunicado.

O principal arguido do processo, segundo o SEF, usava também as suas "funções públicas" para facilitar a emissão indevida de vistos a troco de dinheiro e outras vantagens, revelando-se "permissivo a todo o tipo de favores" relacionados com pedidos de visto e de nacionalidade naquela representação diplomática.

A investigação "Visa Branco" começou depois de a Alemanha ter detetado sete cidadãos iranianos com vistos portugueses nos passaportes e "relativamente aos quais existiam suspeitas de terem sido obtidos fraudulentamente".

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