Ministério Público abre inquérito à morte de grávida na Amadora

O Ministério Público confirmou à RTP que já foi instaurado um inquérito ao caso da mulher grávida que morreu no Hospital Amadora-Sintra depois de ter sido mandada para casa com consulta marcada.

RTP /
Foto: António Antunes - RTP

O Ministério Público abriu um inquérito ao caso de uma grávida que morreu no Hospital Amadora-Sintra depois de ter dado à luz. 

A mulher, guineense com de 36 anos, tinha ido a uma consulta naquele hospital a 29 de outubro. 

Durante a consulta foi-lhe detetada tensão ligeiramente alta. Foi reencaminhada para a urgência, fez exames e mandada para casa com consulta marcada para dentro de duas semanas.

A RTP apurou que a grávida fez um CTG, que avalia a frequência cardíaca do feto e que os valores estavam normais. No entanto, não foi feita nenhuma ecografia.

Uma hipertensão ligeira de 14,9 pode ser fator de risco numa grávida. Ter a tensão ligeiramente alta ou alta pode ser sinal de uma pré-eclâmpsia, o que pode levar à morte. 
 A mulher foi enviada para casa com um plano de alerta e com indicação para regressar caso algo não corresse bem, o que acabaria por acontecer um dia depois.

Na sexta-feira, ao início da madrugada, perto das 00h30, a mulher contactou o INEM e os bombeiros foram acionados oito minutos depois.

A mulher entrou na urgência do hospital já em paragem cardiorrespiratória e não resistiu após o parto. O bebé continua ainda nos cuidados intensivos com prognóstico reservado.

A Inspeção-Geral das Atividade em Saúde já tinha anunciado a abertura de um inquérito à morte desta grávida de 38 semanas de gestação.
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