País
Ministério Público abre inquérito à morte de grávida na Amadora
O Ministério Público confirmou à RTP que já foi instaurado um inquérito ao caso da mulher grávida que morreu no Hospital Amadora-Sintra depois de ter sido mandada para casa com consulta marcada.
O Ministério Público abriu um inquérito ao caso de uma grávida que morreu no Hospital Amadora-Sintra depois de ter dado à luz.
A mulher, guineense com de 36 anos, tinha ido a uma consulta naquele hospital a 29 de outubro.
Durante a consulta foi-lhe detetada tensão ligeiramente alta. Foi reencaminhada para a urgência, fez exames e mandada para casa com consulta marcada para dentro de duas semanas.
A RTP apurou que a grávida fez um CTG, que avalia a frequência cardíaca
do feto e que os valores estavam normais. No entanto, não foi feita
nenhuma ecografia.
Uma hipertensão ligeira de 14,9 pode ser fator de risco numa grávida. Ter a tensão ligeiramente alta ou alta pode ser sinal de uma pré-eclâmpsia, o que pode levar à morte.
A mulher foi enviada para casa com um plano de alerta e
com indicação para regressar caso algo não corresse bem, o que acabaria
por acontecer um dia depois.
Na sexta-feira, ao início da madrugada, perto das 00h30, a mulher
contactou o INEM e os bombeiros foram acionados oito minutos depois.
A mulher entrou na urgência do hospital já em paragem cardiorrespiratória e não resistiu após o parto. O bebé continua ainda nos cuidados intensivos com prognóstico reservado.
A Inspeção-Geral das Atividade em Saúde já tinha anunciado a abertura de um inquérito à morte desta grávida de 38 semanas de gestação.