Ministério do Ambiente chumba empreendimento turístico com 1.790 camas em Casal dos Cardosos

por © 2007 LUSA - Agência de Notícias de Portugal, S.A.

O Ministério do Ambiente inviabilizou a construção de um aldeamento turístico em Casal dos Cardosos, Sesimbra, com capacidade para 1.790 camas, por não reconhecer no plano "razões imperativas de interesse público", anunciou hoje o ministro Nunes Correia.

O projecto "Pinhal do Atlântico", da Imobiscaia - Sociedade Financeira de Imóveis, previa a construção de mais de 400 unidades de alojamento, piscinas, lojas e equipamentos desportivos e infantis em 44.650 metros quadrados da zona de Casal dos Cardosos, em Sesimbra.

Por se inserir numa área natural protegida, a proposta chegou a ser alvo de críticas por parte de grupos ambientalistas, entre eles a Quercus - Associação Nacional de Conservação da Natureza.

Hoje, numa conferência de imprensa onde anunciou o seu parecer negativo sobre o empreendimento turístico das sociedades Aldeia do Meco e Pelicano na mata de Sesimbra, o ministro do Ambiente, Francisco Nunes Correia, garantiu que o "Pinhal do Atlântico" não se enquadra na linha de controlo da construção em "áreas sensíveis" patente no Plano Regional de Ordenamento do Território da Área Metropolitana de Lisboa.

"O projecto só poderia prosseguir com um despacho que reconhecesse razões imperativas de interesse público, mas não estavam reunidas as condições para subscrever esse despacho", justificou, sublinhando os esforços do governo em impedir uma "excessiva densificação" e "pressões urbanas" nas reservas naturais de Sesimbra.

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