Foto: Nuno Patrício - RTP
O Ministério da Educação anuncia uma queda de 90 por cento no número de alunos sem aulas, devido à falta de professores. De acordo com o Governo, são cerca de 2.300 os estudantes afetados.
Nas contas do Governo não entram os alunos que estão sem aulas, não devido à falta de um professor atribuído, mas por causa da ausência temporário de docentes, por motivos de baixa médica. São, nesta altura, 41 mil os alunos nessa situação.
Mário Nogueira, secretário-geral da Federação Nacional dos Professores, acusa o Ministro da Educação de jogar com os números.
Diz que Fernando Alexandre devia ir mais longe no desafio que colocou.
Em declarações à Antena 1, Mário Nogueira sublinha que o pacote de medidas do Governo, para fixar professores, não está a funcionar.
O secretário-geral da FENPROF diz que são artifícios.
A Associação de Diretores de Escolas defende que a avaliação das medidas do governo para diminuir o número de alunos sem professor a pelo menos uma disciplina, deve ser feita só no final do período e não agora.
Filinto Lima lembra que ainda há medidas que não entraram em vigor e defende que as contas devem ser feitas só no final.
O presidente da Associação de Diretores de Escolas reconhece que, nesta altura, há menos faltas de professores nalgumas regiões.
Mas explica que em Lisboa a situação continua difícil.
Um problema que, avança Filinto Lima, vai alastrar, mais tarde, a outros pontos do país.