O secretário de Estado adjunto do primeiro-ministro que está envolvido num negócio com um pavilhão por construir em Caminha foi acusado pelo Ministério Público de prevaricação no âmbito de uma certidão extraída da Operação Teia, de acordo com o jornal Observador.
O Ministério Público confirmou entretanto à RTP que "se confirma que no âmbito [de um processo de 2019] que teve origem em certidão extraída da denominada “Operação Teia”, foi deduzida acusação" contra Miguel Alves.
De acordo com o Observador, “existem suspeitas de que a empresa de Manuela Couto tenha sido favorecida na adjudicação de vários contratos”. Trata-se da mulher de Joaquim Couto, histórico socialista ex-autarca de Santo Tirso.
A investigação da Operação Teia foca-se na “sociedade Mit - Make it Happen, Lda. que realizou contratos com a Câmara Municipal de Caminha entre abril de 2015 e julho de 2016”, acrescenta o jornal.
Foi desse processo que se extraiu a certidão que tem como alvo Miguel Alves, a par de outros autarcas.
O assessor do primeiro-ministro, António Costa, está assim envolvido num segundo processo judicial.
Soube-se no final de Outubro passado que Miguel Alves, enquanto presidente da Câmara de Caminha, pagou rendas no montante de 300 mil euros de um pavilhão (Centro de Exposições Transfronteiriço) que ainda não saiu do papel, sendo essa verba uma espécie de adiantamento para a construção do aparelho que serviria Caminha, de acordo com o semanário Expresso.