Governo francês à beira da queda. Barnier enfrenta moções de censura

por Rosário Salgueiro - Antena 1

EPA

O primeiro-ministro francês deverá dizer adeus à liderança do Governo por causa da apresentação de duas moções de censura que vão ser votadas, esta quarta-feira, no Parlamento em Paris.

O país vai mergulhar numa crise política três meses depois de Michel Barnier ter assumido funções. A extrema-direita já anunciou que vai votar a favor da moção de censura apresentada pela esquerda.

Ainda assim, o ainda primeiro-ministro francês mantém a esperança de sobreviver a esta crise política.

A correspondente da Antena 1 em Paris, Rosário Salgueiro, adianta que foi essa a ideia defendida por Barnier em entrevista televisiva, na noite de terça-feira.

No meio desta crise, o presidente francês, em declarações à margem da visita que está a fazer a Riade, disse aos jornalistas que não acredita que o Parlamento aprove as moções de censura ao Governo. Emmanuel Macron acrescenta que tem confiança na coerência das pessoas.

Quando forem 17h00 em Lisboa, o Parlamento francês vai votar duas moções de censura que deverão derrubar o Governo de Michel Barnier.

Quem revela alguma preocupação com esta crise é o antigo ministro da Economia.

Pedro Siza Vieira refere que iminente crise política em França não é uma boa notícia para Portugal.

O antigo governante destaca o peso da economia francesa, a nível europeu.

Siza Vieira relaciona a instabilidade política em países como a França ou a Alemanha com a perda do poder de compra da população, que tem criado sentimentos de insatisfação entre os eleitores.

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