O ex-ministro das Finanças e atual deputado do PS Fernando Medina é ouvido no parlamento sobre a redução da dívida pública em 2023, esta terça-feira, após a Unidade Técnica de Apoio Orçamental ter considerado que a descida foi "artificial".
Num relatório sobre condições dos mercados, dívida pública e dívida externa até março, divulgada em 10 de abril, a Unidade Técnica de Apoio Orçamental (UTAO) considera que o acréscimo substancial dos fatores de consolidação da dívida pública em 2023 resulta dos excedentes orçamentais e da “busca deliberada de aplicações em títulos”.
Este acréscimo de aplicações de unidades orgânicas em instrumentos de dívida, segundo a UTAO, resultará em alguns casos "de meras opções de gestão", havendo também casos em que "as opções de gestão financeira foram condicionadas por orientações do Governo".
O documento da Unidade Técnica de Apoio Orçamental classifica a redução da dívida pública como “artificial”.
O rácio da dívida pública fixou-se em 99,1% do Produto Interno Bruto (PIB) em 2023 e em termos nominais diminuiu 9,3 mil milhões de euros face ao ano anterior, para 263,1 mil milhões de euros.