Medina explica redução da dívida pública em 2023

por Lusa
Fernando Medina explica como se chegou à redução da dívida pública em 2023 Manuel de Almeida - Lusa

O ex-ministro das Finanças e atual deputado do PS Fernando Medina é ouvido no parlamento sobre a redução da dívida pública em 2023, esta terça-feira, após a Unidade Técnica de Apoio Orçamental ter considerado que a descida foi "artificial".

O líder da bancada parlamentar dos centristas, Paulo Núncio, justificou esta audição com a acusação ao governo anterior, no qual Medina foi ministro das Finanças, de ter feito uma “redução artificial” da dívida com “dinheiro das pensões”.

Num relatório sobre condições dos mercados, dívida pública e dívida externa até março, divulgada em 10 de abril, a Unidade Técnica de Apoio Orçamental (UTAO) considera que o acréscimo substancial dos fatores de consolidação da dívida pública em 2023 resulta dos excedentes orçamentais e da “busca deliberada de aplicações em títulos”.

Este acréscimo de aplicações de unidades orgânicas em instrumentos de dívida, segundo a UTAO, resultará em alguns casos "de meras opções de gestão", havendo também casos em que "as opções de gestão financeira foram condicionadas por orientações do Governo".

O documento da Unidade Técnica de Apoio Orçamental classifica a redução da dívida pública como “artificial”.

O rácio da dívida pública fixou-se em 99,1% do Produto Interno Bruto (PIB) em 2023 e em termos nominais diminuiu 9,3 mil milhões de euros face ao ano anterior, para 263,1 mil milhões de euros.


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