A reunião negocial de hoje entre o Sindicato Independente dos Médicos (SIM) e o Governo sobre a grelha salarial terminou sem acordo, mas "as posições estão muito próximas", disse à Lusa fonte sindical.
"Ainda não há acordo, mas as posições estão muito próximas", afirmou o secretário-geral do SIM, Nuno Rodrigues, no final da reunião, no Ministério da Saúde, em Lisboa, adiantando que uma reunião negocial final está agendada para a próxima segunda-feira.
Segundo Nuno Rodrigues, "já há aproximação" em termos das normas de organização do trabalho médico, faltando consensualizar os aumentos salariais para certas categorias, como as dos médicos internos e dos assistentes graduados.
O secretário-geral do SIM sublinhou que, em termos de grelha salarial, "o acordo não vai ser uniforme para todos os médicos" que trabalham no Serviço Nacional de Saúde (SNS) e os aumentos serão faseados.
Em "alguns casos", como na categoria de assistente graduado sénior, em que há consenso, o aumento será na ordem dos 10%, acima dos 5% propostos pelo Governo para a generalidade dos médicos.
O SIM tem recusado a proposta de aumento salarial de 5% apresentada pelo Ministério da Saúde alegando que está a uma "distância muito considerável" dos 15% que reivindica.
No final de 2023, o SIM chegou a um acordo intercalar com o anterior Governo (PS) para um aumento de 15% dos salários dos médicos do SNS em 2024.