Os médicos fazem uma greve de dois dias e os enfermeiros uma paralisação de zelo por tempo indeterminado. As consultas e as cirurgias programadas deverão ser os serviços mais afetados.
Estas são algumas das matérias para as quais os médicos querem uma resposta do Governo.
Os serviços mínimos estão assegurados e incluem urgências, quimioterapia, radioterapia e transplantes.
Jorge Roque da Cunha, do Sindicato Independente dos Médicos, espera uma grande adesão à greve.
Os enfermeiros associados da Federação Nacional dos Sindicatos de Enfermeiros (FENSE) deram também esta quarta-feira início a uma greve de zelo por tempo indeterminado, um protesto que conta com o apoio da Ordem que representa estes profissionais.
A greve de zelo visa protestar contra a falta de diálogo do Ministério da Saúde com estas estruturas sindicais, que acusam a tutela de não dar seguimento às suas reivindicações, nomeadamente em matéria de horários de trabalho, categorias e vencimentos.
Estes profissionais estão contra a existência de enfermeiros que, trabalhando o mesmo, têm vencimentos diferentes e contra a inexistência de categorias na carreira.
A greve de zelo consiste no exercício das funções, mas sem pressa para assegurar mais assistência a mais doentes.
José Correia de Azevedo, do Sindicato dos Enfermeiros, explica as razões da greve.
Os enfermeiros vão cumprir os horários das escalas, mas não farão horas extraordinárias e dedicarão o tempo que for necessário a cada doente.