Mau tempo. Mais de 200 alunos sem aulas em Odivelas devem voltar à escola na segunda-feira
Mais de 200 alunos da Escola Básica Bernardim Ribeiro, em Odivelas, devem voltar à escola na segunda-feira depois de dois dias sem aulas devido aos danos causados num edifício pelo mau tempo, disse hoje fonte da Câmara Municipal.
Fonte da Câmara Municipal de Odivelas, no distrito de Lisboa, disse à Lusa que, "por questões de segurança", as crianças desta escola do primeiro ciclo do ensino básico não tiveram aulas nem na quinta-feira nem hoje, mas é esperado que possam voltar na próxima segunda-feira, após intervenções de limpeza e recuperação dos danos.
Segundo a autarquia, a escola, localizada no Bairro da Codivel, na freguesia de Odivelas, registou "danos consideráveis na cobertura de um dos blocos de aula (no edifício mais antigo) e também no muro e vedação circundante", na "sequência das graves condições climatéricas ocorridas de 19 para 20 de março".
A câmara afirmou que continua a desenvolver "todos os esforços para salvaguardar as condições de segurança quer no estabelecimento escolar quer nas imediações", contando com a ajuda de "uma empresa da especialidade na recuperação dos danos causados pela intempérie".
A passagem da depressão Martinho causou no município de Odivelas um total de 163 ocorrências, algumas das quais ainda ativas, entre as 14:00 de quarta-feira e as 12:00 de hoje.
Estas ocorrências estão relacionadas com a queda de árvores e estruturas para a via pública e representam "elevados danos materiais ainda por quantificar", acrescentou a autarquia.
Segundo a Proteção Civil, foram registadas no continente pelo menos 8.800 ocorrências entre as 00:00 de quarta-feira e as 12:00 de hoje relacionadas com as condições meteorológicas adversas devido à passagem da depressão Martinho, com chuva, vento e agitação marítima fortes.
O mau tempo provocou sobretudo quedas de árvores e de estruturas, principalmente na madrugada de quinta-feira, quando vigoraram avisos meteorológicos laranja, o segundo nível mais grave.
Estradas, portos, linhas ferroviárias, espaços públicos, habitações, equipamentos desportivos, viaturas e serviços de energia e água foram afetados, em especial nas regiões de Lisboa e Vale do Tejo, Centro e Sul, registando-se um ferido grave e perto de uma dezena de feridos ligeiros.
Na noite de quarta para quinta-feira, os ventos fortes ajudaram a propagar cerca de meia centena de incêndios rurais no Minho, sem registo de vítimas ou danos em habitações, numa época pouco propícia a fogos.
O cenário de chuva e ventos fortes vai manter-se até sábado, segundo as autoridades.