Marta Temido diz que o objetivo é ganhar mas não arrisca metas de mandatos
A cabeça de lista do PS às europeias, Marta Temido, arrancou hoje para a campanha com o objetivo de vencer, mas escusou estabelecer uma meta quanto ao número de mandatos, afirmando não querer pôr-se "fora de pé".
"É para ganhar. Mas, já me conhecem e sabem que eu não vou dizer qual é o número de eurodeputados, porque isso seria pôr-me completamente fora de pé", referiu aos jornalistas no arranque oficial da campanha.
Marta Temido falou com os jornalistas quase três horas depois de ter começado o contacto com a população às 07:30, junto ao Terminal Fluvial de Cacilhas.
"Vamos trabalhar para merecer a confiança dos portugueses. Sabemos que alguns portugueses ainda não estão totalmente esclarecidos, sabemos que há portugueses que fizeram opções de voto diferentes porque porventura estavam zangados e o que estamos a clarificar é por que é importante votar no PS nestas eleições", destacou.
De mochila às costas e com sapatilhas calçadas a fazer antever um dia repleto de ações de campanha, a antiga ministra da Saúde fez-se acompanhar por Ana Catarina Mendes, a número três da lista que encabeça.
A quem se apressava para entrar no barco, as candidatas socialistas foram distribuindo panfletos, canetas e cumprimentos.
Cerca de uma hora depois fizeram mesmo na Estação do Pragal, onde foi possível ouvir alguns lamentos de uma funcionária de um café, que se queixou das rendas de casa altas e dos apoios insuficientes.
Ainda na mesma estação do metro, Marta Temido fez questão de passar pelo Ponto do Café "para dar sorte", repetindo o que António Costa já tinha feito para as últimas Legislativas.
"Vão ganhar de certeza absoluta. É limpinho!", atirou a funcionária, antes de se preparar para servir os 10 cafés pedidos por Marta Temido.
Questionada pelos jornalistas se esse é o número de eurodeputados que pretendem eleger, a cabeça de lista socialista clarificou que pretendem "o melhor número possível".
"Fica-nos mal estar a dizer que queremos este número ou aquele número. Como deve imaginar isso é uma fasquia muito elevada e está-me a deixar já nervosa e angustiada, porque é uma fasquia elevada", atirou.
No contacto com a população foi respondendo ao que a Europa pode fazer pelos portugueses, inclusive na área da saúde mental, depois de questionada por um jovem letrista.