Mário Machado ficou em prisão preventiva

por RTP
Mário Machado foi detido na passada quarta-feira RTP

O Tribunal Central de Instrução Criminal de Lisboa decretou a prisão preventiva do líder nacionalista, Mário Machado, e de mais quatros arguidos suspeitos de crimes de associação criminosa, homicídio de forma tentada e rapto. José Manuel Castro, advogado de Mário Machado, já revelou que pondera apresentar recurso.

Um sexto elemento vai ter de apresentar-se quinzenalmente às autoridades policiais da área de residência, está proibido de adquirir armas por um período de três anos e de estabelecer ou manter contactos com os restantes suspeitos.

"Vamos tomar a decisão que julgamos mais adequada em função do que está estipulado legalmente, neste caso provavelmente um recurso a reagir à prisão preventiva", revelou o advogado do líder nacionalista à saída do Tribunal da Boa Hora.

O causídico invoca a ausência de indícios criminais que justifiquem tal medida de coacção, a mais grave de acordo com o Código do Processo Penal.

"Não concordamos, pensamos que realmente o Mário Machado é um individuo que passa a vida a entrar e sair das prisões. Parece que ele é o único delinquente em Portugal, quando na realidade não só não é delinquente como há muitos bem mais perigosos cá fora, armados e em público e nada lhes acontece", acrescentou José Manuel Castro.

Os cinco arguidos saíram do Tribunal da Boa Hora à 01h50 numa carrinha celular. O interrogatório judicial durou mais de sete horas, e Mário Machado remeteu-se ao silêncio não prestando qualquer declaração.

O Tribunal considerou haver indícios dos crimes de associação criminosa, tráfico de estupefacientes, ofensa à integridade física qualificada, rapto, roubo agravado, usurpação de funções e posse de armas e munições proibidas.

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