O Tribunal Central de Instrução Criminal de Lisboa decretou a prisão preventiva do líder nacionalista, Mário Machado, e de mais quatros arguidos suspeitos de crimes de associação criminosa, homicídio de forma tentada e rapto. José Manuel Castro, advogado de Mário Machado, já revelou que pondera apresentar recurso.
"Vamos tomar a decisão que julgamos mais adequada em função do que está estipulado legalmente, neste caso provavelmente um recurso a reagir à prisão preventiva", revelou o advogado do líder nacionalista à saída do Tribunal da Boa Hora.
O causídico invoca a ausência de indícios criminais que justifiquem tal medida de coacção, a mais grave de acordo com o Código do Processo Penal.
"Não concordamos, pensamos que realmente o Mário Machado é um individuo que passa a vida a entrar e sair das prisões. Parece que ele é o único delinquente em Portugal, quando na realidade não só não é delinquente como há muitos bem mais perigosos cá fora, armados e em público e nada lhes acontece", acrescentou José Manuel Castro.
Os cinco arguidos saíram do Tribunal da Boa Hora à 01h50 numa carrinha celular. O interrogatório judicial durou mais de sete horas, e Mário Machado remeteu-se ao silêncio não prestando qualquer declaração.
O Tribunal considerou haver indícios dos crimes de associação criminosa, tráfico de estupefacientes, ofensa à integridade física qualificada, rapto, roubo agravado, usurpação de funções e posse de armas e munições proibidas.