Uma mancha negra de algas unicelulares começou a dar à costa nos últimos dias na zona das praias de São Pedro de Moel e da Concha, obrigando as autoridades sanitárias a limpar o areal, disse hoje à Lusa o capitão do Porto da Nazaré.
Na praia eram visíveis, segundo José Miguel Neto, sinais de espuma e manchas escuras na areia, uma situação que já se havia verificado, há duas semanas, na praia do Pedrógão e que, na ocasião, levou à interdição de banhos por precaução.
No entanto, frisou o responsável que tutela a zona balnear local, as análises feitas então "não indicaram que estas algas tivessem qualquer risco para a saúde" embora os turistas se queixassem do cheiro fétido que emanavam.
"Como não há perigo para a saúde pública, pedimos somente à câmara para limpar o areal", disse José Miguel Neto.
O capitão do Porto da Nazaré sustentou que embora as algas dêem uma cor esverdeada e amarelada ao mar, as análises feitas "não indicam qualquer problema".
José Miguel Neto reconhece, no entanto, o "incómodo" causado aos banhistas.
As algas são "organismos vivos", cuja mancha vai percorrendo o seu caminho no Atlântico, apresentando-se, agora, na forma de uma grande superfície a cerca de 20 quilómetros da praia da Vieira.
Como se tem verificado uma "agitação do vento de noroeste, alguns pedaços dessa mancha foram trazidos para a costa", adiantou o responsável da capitania da Nazaré.
João Barros Duarte, presidente da Câmara da Marinha Grande, disse à Lusa que os serviços da autarquia já iniciaram a limpeza do areal para impedir o "mau aspecto" das praias.
"Procurámos retirar o máximo para evitar a degradação da imagem das praias" junto dos turistas, frisou o autarca.