Marcelo insiste que "uma justiça rápida é mais justa" e "há muito para fazer"

por Antena 1

Foto: Tiago Petinga - EPA

O Presidente da República escusou-se a comentar a Operação Marquês, cujo julgamento foi hoje finalmente marcado, mas reafirmou a sua convicção de que "uma justiça mais rápida é mais justa" e que "há muito para fazer" neste domínio.

De visita oficial à Eslovénia, Marcelo Rebelo de Sousa, ao ser questionado pelos jornalistas sobre o anúncio de 03 de julho como a data para o início do primeiro julgamento que senta um ex-primeiro-ministro, José Sócrates, no banco dos réus, começou por admitir que lhe estavam a dar "uma notícia", mas lembrou o seu "princípio básico" de não comentar "a justiça nem o seu conteúdo".

"Limito-me a dizer, e já o digo já muito tempo, que uma justiça mais rápida é mais justa. Mas não quero entrar em pormenores em processos específicos, porque isso era uma violação da divisão de poderes", afirmou, perante a insistência dos jornalistas sobre o facto de o julgamento ter lugar mais de uma década após a investigação.

Falando em termos mais gerais, o chefe de Estado comentou que, "no domínio da justiça, há áreas onde a justiça é muito mais rápida", apontando a título de exemplo que "a justiça civil é relativamente rápida e a justiça criminal sem grande envergadura, sem processos muito pesados, é bastante mais rápida do que com megaprocessos", caso da Operação Marquês.
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