Tiago Petinga - Lusa
O Presidente da República defendeu esta tarde que este é "o momento" para substituir o Chefe do Estado-Maior da Armada (CEMA) e considerou que Mendes Calado quis "marcar a sua posição" e dizer que não pediu o afastamento.
O chefe de Estado disse que não viu mas explicou que, "quando em setembro se colocou a questão da substituição", foi entendido "que fazia sentido esperar pelas leis orgânicas do Estado-Maior-General das Forças Armadas e dos três ramos", decisão com a qual concordou.
Marcelo Rebelo de Sousa indicou que essas leis, que aguardam promulgação, "estão praticamente prontas".
"E portanto parece que é o momento, um novo ciclo político, porque é uma nova orgânica, e funcional, que explica que seja este o momento e não o outro o momento, este o momento da concretização daquilo que havia a concretizar", defendeu.
O Presidente da República disse também que agradeceu "muito ao senhor almirante Mendes Calado, porque não só logo no início deste ano se mostrou disponível para encurtar o mandato -- que seria mais tarde, isto agora foi antecipado uns meses - como o cumpriu até o fim de uma forma muito brilhante, como toda a sua carreira", o que motivou a condecoração com a Grã-Cruz da Ordem de Cristo.
"E quis, como militar, marcar a sua posição de que é evidente que quem exerce o poder exerce o poder, quem propõe, propõe, quem exonera, exonera, e não foi ele que, por qualquer tipo de dissidência, de divergência, de animosidade, tomou a iniciativa de pedir o afastamento", salientou.