O Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, mostrou-se hoje confiante de que, na reunião de Conselho de Ministros de sábado, seja encontrada "uma solução expedita que corresponda aos anseios" dos familiares das vítimas dos incêndios.
Em declarações aos jornalistas à saída de uma visita ao hospital de Viseu, Marcelo Rebelo de Sousa disse que terá havido um acordo "nas conversas havidas entre os familiares das vítimas de Pedrógão e o Governo".
"Penso que, portanto, estão criadas as condições para, na reunião de amanhã [sábado] do Conselho de Ministros, como o primeiro-ministro tinha dito, se encontrar uma solução expedita que corresponda aos anseios, à vontade, dos familiares das vítimas", frisou.
Para o Presidente da República, isso terá "uma dupla vantagem: ser uma forma rápida" e também "participada pelos próprios diretamente envolvido nessa dor".
"Isso parece-me um facto a sublinhar com apreço. É bom haver essa rapidez na sequência das reuniões desta semana", salientou.
Marcelo Rebelo de Sousa exaltou uma “capacidade de recuperação muito grande” e “surpreendente” entre os feridos que esta manhã visitou no hospital de Viseu.
O Presidente exaltou ainda a capacidade de resposta do Hospital de Viseu, que atendeu a 47 situações, todas emergências.
PR é "último fusível de segurança do sistema"
De visita às áreas afetadas pelos incêndios, o Presidente da República lembrou as responsabilidades que o cargo acarreta ao ter os "poderes mais elevados" do sistema político. Observações de Marcelo Rebelo de Sousa quando questionado pelos jornalistas se estava a ser o "eucalipto do Governo" e depois de dizer que já está reformado do comentário político.
Para Marcelo Rebelo de Sousa, o cargo de Presidente da República tem o poder acrescido de ser o "último fusível de segurança do sistema". No entanto, são também esses poderes que lhe conferem uma responsabilidade acrescida de estar perto das populações e dos problemas.
Questionado pelos jornalistas se o Governo devia estar também nestas visitas, Marcelo Rebelo de Sousa lembrou que muitos membros do executivo já estiveram em muitas das áreas afetadas, incluindo o primeiro-ministro, que esteve já reunido com autarcas.
Já perante a expressão "eucalipto do Governo", usada para definir o recente estado das relações do Presidente com o executivo, Marcelo apenas esboçou um sorriso e lembrou que já é um "reformado do comentário político".
O Presidente da República continua a visitar as zonas afetadas pelos incêndios. Esteve na manhã desta sexta-feira no hospital de Viseu, onde visitou os feridos que ainda ali estão internados. Seguiu depois para Nelas, Seia e Carregal do Sal.
c/Lusa