Os cerca de 50 manifestantes que participaram no protesto dos "coletes amarelos" em Aveiro desmobilizaram hoje cerca das 13:00 com a promessa de realização de novas ações "em breve".
No final da manifestação, um dos elementos do grupo reuniu numa lista os nomes e contactos dos participantes para combinar as futuras iniciativas.
A manifestação dos "coletes amarelos" em Aveiro começou cerca das 07:00 na Estrada Nacional n.º 109, junto ao nó de acesso à Autoestrada A25, em Esgueira, com a presença de cerca de 20 elementos.
Com o passar do tempo, foram-se juntando mais pessoas ao grupo que chegou a ter cerca de 60 manifestantes.
Pelas 09:00, os manifestantes cortaram a EN 109, junto ao nó de acesso à A25, mas a PSP agiu imediatamente, conseguindo desbloquear a estrada.
Pouco depois, os "coletes amarelos" voltaram a fazer dois novos cortes, que tiveram o mesmo resultado.
Os participantes, que cantaram o hino, empunhavam cartazes com inscrições como "não tem perigo, o povo é sereno, o povo autoriza" e reivindicaram o aumento do salário mínimo para 1.000 euros, a redução dos impostos e uma "democracia pura".
A meio da manhã, os manifestantes deixaram a zona junto ao nó de acesso à A25 e rumaram em marcha lenta até à rotunda da Policlínica, onde se mantiveram até ao final da manhã, ocupando temporariamente as passadeiras de peões para dificultar a circulação automóvel.
O rebentamento de alguns petardos na zona foi o único incidente registado pela PSP, que mobilizou para o local mais de duas dezenas de agentes.
Os protestos dos "coletes amarelos" em Portugal foram convocados por vários grupos através das redes sociais, com inspiração nos movimentos contestatários das últimas semanas em França.
Um dos grupos, Movimento Coletes Amarelos Portugal, num manifesto divulgado na quarta-feira, propõe uma redução de impostos na eletricidade, com incidência nas taxas de audiovisual e emissão de dióxido de carbono, uma diminuição do IVA e do IRC para as micro e pequenas empresas, bem como o fim do imposto sobre produtos petrolíferos e redução para metade do IVA sobre combustíveis.
Não tolerando qualquer ato de violência ou vandalismo, este movimento, que se intitula como "pacífico e apartidário", defende também o combate contra a corrupção.
A lista das manifestações dos "coletes amarelos" na área de atuação da PSP somava 25 protestos em 17 locais das principais cidades do país.